Mbappé processa PSG por assédio moral após isolamento

A relação entre Kylian Mbappé e o Paris Saint-Germain terminou em clima de guerra fria — e agora o caso foi parar nos tribunais. O craque francês, que hoje defende o Real Madrid, entrou com um processo contra seu ex-clube alegando ter sido vítima de assédio moral, prática que teria ocorrido após o jogador comunicar […]

26 jun, 2025
Destaque: Mbappé atuando pelo PSG em 2024, antes de se transferir ao Real Madrid (Reprodução/Franco Arland/Getty Images embed)
Destaque: Mbappé atuando pelo PSG em 2024, antes de se transferir ao Real Madrid (Reprodução/Franco Arland/Getty Images embed)
Mbappé atuando na final da Copa da França, em 2024.

A relação entre Kylian Mbappé e o Paris Saint-Germain terminou em clima de guerra fria — e agora o caso foi parar nos tribunais. O craque francês, que hoje defende o Real Madrid, entrou com um processo contra seu ex-clube alegando ter sido vítima de assédio moral, prática que teria ocorrido após o jogador comunicar que não renovaria seu contrato com o PSG.

Mbappé alega isolamento e prática de “lofting”

Segundo o jogador, o clube parisiense o teria punido com o chamado “lofting”, termo usado na França para descrever a exclusão de atletas das atividades do time principal por razões esportivas, administrativas ou disciplinares. No caso de Mbappé, a exclusão teria ocorrido após ele comunicar, em junho de 2023, que não acionaria a cláusula de renovação automática por mais uma temporada.

Com o fim do vínculo se aproximando e sem perspectiva de extensão, o PSG teria buscado negociá-lo com outras equipes para evitar uma saída sem compensação financeira. A proposta mais concreta veio do Al Hilal, da Arábia Saudita, que chegou a oferecer 300 milhões de euros para contar com o atacante. Mbappé, no entanto, recusou a transferência — o que teria motivado o PSG a afastá-lo das principais atividades da pré-temporada, segundo a ação judicial movida pelo jogador.

O que é assédio moral?

O termo assédio moral se refere a condutas repetitivas ou sistemáticas que expõem uma pessoa a situações humilhantes ou constrangedoras no ambiente de trabalho, ferindo sua dignidade ou integridade. No futebol, isso pode ocorrer por meio do isolamento de atletas, pressões indevidas ou retirada de funções, mesmo quando o jogador ainda tem contrato vigente com o clube.

Mbappé argumenta que foi exposto a esse tipo de conduta, especialmente ao ser apartado do elenco principal, o que prejudicou não apenas sua preparação física e psicológica, mas também sua imagem profissional diante da imprensa e da torcida. Na última partida que disputou no Parque dos Príncipes, inclusive, o atacante foi alvo de vaias de parte da torcida, evidenciando a tensão em sua saída.

Um fim amargo para uma trajetória vitoriosa

Mbappé deixou o PSG no verão europeu de 2024 para se juntar ao Real Madrid sem custos de transferência. Durante os sete anos em Paris, marcou 256 gols e tornou-se o maior artilheiro da história do clube. Curiosamente, o PSG conquistou a Liga dos Campeões na temporada seguinte à sua saída — um feito inédito para o clube, mas que adiciona ainda mais complexidade à separação turbulenta.


Mbappé jogando pelo Real Madrid, 2025 (reprodução/Denis Doyle/Getty Images Embed)


O processo atual coloca em evidência não só o desgaste entre o jogador e a direção parisiense, mas também levanta questões sobre os limites do poder dos clubes sobre seus atletas em fim de contrato. A disputa judicial pode abrir precedentes importantes para o futebol europeu.

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