Morre Charles Coste, francês ex-ciclista medalhista de ouro de 1948, aos 101 anos
Além de ser um dos grandes atletas da história do ciclismo, Charles era conhecido por ser o atleta campeão olímpico mais idoso do mundo vivo
O ex-ciclista Charles Coste, conhecido como o campeão olímpico mais idoso do mundo ainda vivo, morreu na última quinta-feira (30) em Paris, aos 101 anos. A informação foi divulgada no domingo (02) pela ministra dos esportes da França, Marina Ferrari.
Coste foi quem liderou o quarteto francês que competia os 4000 m por equipes (prova de ciclismo), nos Jogos Olímpicos de verão de 1948 em Londres, Inglaterra. A equipe era formada pelo próprio Charles Coste, Serge Blusson, Fernand Decanali e Pierre Adam. Coste foi fundamental para a conquista da medalha de ouro para a França. Essa vitória e liderança fazem parte do legado que esse ídolo deixa.
Legado do ex-atleta
Charles era o último representante de uma conexão direta com os atletas dos Jogos Olímpicos do período pós-Segunda Guerra Mundial, quando em consequência da guerra, houve um período de pausa, fazendo com que a competição retornasse apenas em 1948, realizada em Londres, Inglaterra. Onde Coste participou e venceu uma medalha de ouro. Em janeiro de 2025, faleceu a ex-ginasta húngara Ágnes Keleti. Que detinha o título de atleta campeã olímpica mais velha viva, e após o falecimento dela, Charles o recebeu.
Charles Coste passando a tocha olímpica para Teddy Riner e Marie-José Pérec acenderem (Vídeo: Reprodução/YouTube/Olympics)
Repercussão após falecimento
Posteriormente ao falecimento do atleta centenário, muitos o homenagearam. Entre eles a ministra dos esportes da França, Marina Ferrari, comentou que Coste “deixou um legado esportivo imenso”. Marina completou desejando que seus pensamentos estajam com as pessoas próximas a Charles, comunidade do ciclismo e todos os que tiveram a oportunidade de cruzar o caminho com um “modelo de perseverança”.
Já o judoca francês Teddy Riner, que recebeu a tocha das mãos de Coste na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, falou que foi uma imensa honra para ele receber a chama olímpica das mãos do campeão olímpico de ciclismo, naquele dia. Assim, citou que aquele momento simbolizou a paixão que ambos sentiam pelo esporte.
Charles Coste nous a quittés, j’ai eu l’immense honneur qu’il me transmette la flamme olympique lors des Jeux de Paris 2024.
Ce moment symbolisait la passion et la transmission qui l’animaient.
Charles Coste représentait l’engagement, le respect et l’amour du sport sous toutes… pic.twitter.com/L5g8pNnvhj— Teddy Riner (@teddyriner) November 2, 2025
Publicação em uma rede social pelo atleta Teddy Riner sobre a morte de Charles Coste (Foto: Reprodução/X/@teddyriner)
Para concluir, o título de campeão olímpico mais velho vivo passou para o russo Nikita Simonyan, que tem 99 anos, após o falecimento de Charles Coste. O russo conquistou a medalha de ouro no futebol. O placar da final foi União Soviética 1 × 0 Iugoslávia, gol de Anatoli Ilyin, aos 48 minutos do segundo tempo, durante os Jogos Olímpicos de Melbourne, Austrália, em 1956.
Em relação às causas da morte de Charles, não foram divulgadas. Da mesma forma que as informações sobre o funeral ou cerimônias de despedida. O que ficou foi um legado imenso, tanto por sua liderança na época em que era atleta, quanto por sua perseverança de vida que o fez viver até 100 anos.
