Nesta quarta-feira (12), Ronaldo Fenômeno, um dos maiores nomes do futebol mundial, anunciou publicamente sua desistência da candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi comunicada por meio de um pronunciamento nas redes sociais, onde o ex-jogador explicou os motivos que o levaram a abandonar a corrida eleitoral.
O principal obstáculo foi a cláusula de barreira, que exige o apoio de pelo menos quatro federações estaduais e quatro clubes para formalizar uma candidatura. Ronaldo não conseguiu atingir esse requisito, o que inviabilizou sua participação no pleito.
Segundo apurações, Ronaldo manteve contato com diversos representantes das federações estaduais, buscando apoio para sua campanha. Ele enviou mensagens, realizou telefonemas e até agendou reuniões presenciais com lideranças políticas ligadas à CBF. Em um e-mail intitulado “Solicitação de Audiência – Alinhamento de Projetos para o Futebol Brasileiro”, o ex-atacante listou as mudanças que considerava essenciais para o futebol nacional, destacando a necessidade de maior transparência e uma gestão menos centralizada. No entanto, suas propostas não foram suficientes para convencer os dirigentes.
Federações optam por manter apoio ao atual presidente, Ednaldo Rodrigues
Apesar dos esforços de Ronaldo, as federações estaduais demonstraram lealdade ao atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Em respostas padronizadas, os dirigentes elogiaram a gestão de Ednaldo, destacando investimentos em categorias de base, futebol feminino, projetos sociais e estruturais, além de iniciativas voltadas para a Série D do Campeonato Brasileiro. Eles também ressaltaram a experiência e o conhecimento do atual presidente sobre as complexidades do futebol brasileiro, desde as federações locais até os campeonatos nacionais.
Apesar de reconhecerem a necessidade de mudanças na entidade, muitos representantes das federações avaliaram que se opor a Ednaldo seria um risco político significativo. Eles temiam as consequências de uma possível derrota e o impacto de um segundo mandato do atual presidente. Com a desistência de Ronaldo, o caminho para a reeleição de Ednaldo parece estar livre de obstáculos.
Cenário favorável à reeleição de Ednaldo Rodrigues
Com a saída de Ronaldo da disputa, Ednaldo Rodrigues tem agora uma janela de um ano para convocar a eleição, que deve ocorrer entre o final deste mês e o término de seu mandato, em 22 de março de 2026. Diante de um cenário político favorável, a expectativa é que o atual presidente busque consolidar sua reeleição o mais breve possível. A decisão de Ronaldo de abandonar a corrida eleitoral reforça a estabilidade do comando atual da CBF, mas também levanta questionamentos sobre o futuro da gestão do futebol brasileiro e a possibilidade de mudanças significativas no médio e longo prazo.
Enquanto isso, Ronaldo Fenômeno segue sua trajetória como empresário e influenciador no mundo do futebol, deixando claro que, apesar da desistência, sua paixão pelo esporte e sua vontade de contribuir para o seu desenvolvimento permanecem intactas.