Em reunião na CBF, São Paulo escuta os áudios do VAR do clássico Choque-Rei
Tricolor paulista cobra transparência da federação brasileira após polêmicas de arbitragem no clássico contra o rival Palmeiras no Morumbis
O São Paulo se reuniu com a CBF nesta segunda-feira (6) para discutir os erros de arbitragem no clássico contra o Palmeiras, válido pelo Campeonato Brasileiro. O diretor-executivo do clube, Rui Costa, conversou por videoconferência com Rodrigo Cintra e Péricles Bassols, membros da Comissão de Arbitragem, após o time apontar cinco lances considerados problemáticos na partida.
Os principais questionamentos envolvem dois episódios: um possível pênalti em Gonzalo Tapia, que teria sido derrubado por Allan, e a falta dura de Andreas Pereira em Marcos Antonio, que poderia ter resultado em cartão vermelho. No entanto, o árbitro Ramon Abatti Abel não revisou os lances no VAR, o que impediu a divulgação pública dos áudios, conforme o protocolo da CBF.
Presidente do São Paulo ouviu a conversa dos árbitros
Durante a reunião, a entidade mostrou ao São Paulo as comunicações entre o VAR e o árbitro, confirmando que não houve recomendação para a revisão do pênalti. Mesmo assim, o presidente Julio Casares cobrou que os áudios fossem liberados publicamente, afirmando que o clube foi prejudicado e pedindo uma “quebra de protocolo”. Segundo Casares, a falta de diálogo entre o juiz e o VAR resultou em decisões incoerentes e inconsistentes.
Jogo São Paulo contra Palmeiras em 2023 (Foto: reprodução/Miguel Schincariol/Getty Images Embed)
CBF não divulgará para o público áudio do lance polêmico
A CBF, por sua vez, afirmou que apenas lances com revisão formal são divulgados publicamente. Nos casos de “checagem silenciosa”, quando o árbitro de vídeo analisa a jogada sem chamar o juiz de campo, o material é reservado e só pode ser visto pelos clubes nas reuniões semanais do Fórum Permanente das Séries A e B.
Em nota oficial, a entidade explicou que esse procedimento é padrão e adotado de forma igual para todos os clubes, mas confirmou que consultará a FIFA sobre a possibilidade de divulgar publicamente os registros dessas checagens em situações específicas. Caso haja aprovação, a CBF poderá tornar a liberação desses materiais uma prática comum, buscando mais transparência e confiança nas decisões da arbitragem.
