A marca norte-americana de alta-costura, Ralph Lauren, foi acusada de plagiar as estampas indígenas mexicanas, pelo presidente do país em questão. A primeira-dama do México e chefe honorária do Conselho de Coordenação da Memória Histórica e Cultural do México, Beatriz Gutiérrez, postou a acusação à marca em seu Instagram, no dia 20 desse mês, e gerou muita polêmica e repercusão:
Na legenda da postagem, Beatriz desabafa: “Ei Ralph: já percebemos que gostas muito de desenhos mexicanos, especialmente aqueles que produzem culturas ancestrais que preservam a tradição têxtil. No entanto, ao copiar estes desenhos, você faz plágio, e como sabe, plágio é ilegal e imoral. Pelo menos, admita. E eu espero que você compense os danos às comunidades originárias que fazem esse trabalho com amor e não com fins lucrativos milionários.”
Foto postada no Instagram para acusar a Ralph Lauren de plágio (Foto: Reprodução/Instagram/@beatrizgutierrezmuller)
Poucas horas após as acusações, a grife se pronunciou e mostrou-se estar “profundamente arrependida” com a descoberta e diz ter proibido a comercialização do produto a meses: “Estamos surpresos por descobrir que este produto está à venda. Estamos realizando uma auditoria urgente para determinar como este artigo foi parar a uma área de vendas (…) e para garantir que seja removido imediatamente. Lamentamos profundamente que isso tenha acontecido e, como sempre, estamos abertos ao diálogo sobre como podemos melhorar.” – relatou a marca por meio de uma nota.
A peça em questão, trata-se de um cardigã que está sendo vendido nas lojas por 360 dólares (cerca de 1.800 reais) e que possui desenhos das comunidades de Contla (centro do México) e Saltillo (norte). Vale lembrar que o país já apresentou acusações parecidas à marcas como a Shein, Zara e Mango.
Ralph Lauren ainda afirma que, nas suas coleções de 2023, toda e qualquer estampa indígena que for produzida, será produzida seguindo um modelo padrão de créditos e colaboração.
Foto de capa: Desfile da marca onde utilizam estampas plagiadas. Reprodução/Twitter
