Projeto de lei francês, aprovado quinta-feira (14) por deputados aliados de Emmanuel Macron, visa tornar empresas com característica ultra fast fashion, como a Shein, menos atrativas para o público. A proposta foi agora encaminhada para o senado francês para uma última votação, na qual, se aprovada, entrará em vigor até 2030 visando diminuir impactos ambientais pela indústria têxtil.
Ultra fast fashion
De acordo com Anne Cécile Violland, deputada francesa, a indústria têxtil é a mais poluente do planeta, possuindo sozinha 10% das emissões de gases com efeito estufa emitidas no mundo. Dito isso, uma das maiores protagonistas dessa contribuição está sendo a Shein, empresa chinesa de vestuário com características fast fashion.
Trabalhadores chineses da indústria têxtil (reprodução/Getty Images Embed)
Para esse termo, temos a definição de produção super veloz de vestuário, fazendo com que muitas peças sejam consideradas descartáveis. Porém, dado a rapidez e crescimento dessa indústria, hoje já temos a evolução do mesmo termo para uma “ultra” fast fashion, ou seja, uma produção de moda ultramante rápida.
Impacto ambiental
Um perfil bastante importante da ultra fast fashion, é potencial descartável da mesma. O ministro francês da ecologia diz que, se o esse projeto de lei for aprovado pelo senado, a França se tornará o primeiro país a controlar o abuso ecológico da ultra fast fashion.
O projeto de lei citado nessa matéria, visa taxar as peças de vestuário em € 10 (R$ 54 BRL) de forma gradativa até 2030, além de proibir a publicidade dos produtos mais baratos, combatendo assim os danos ambientais.
Franceses contra chineses
Durante muito tempo, o mercado de moda foi dominado por marcas de luxo como Louis Vuitton e Chanel. Entretanto, com a vinda das gigantes chinesas entrando na competição como a Shein e a Temu, as tradicionais empresas francesas de vestuário vieram perdendo espaço na indústria têxtil.