O Paulista Leandro Castro, fez sua estreia na passarela durante a São Paulo Fashion Week, na última terça-feira (08). O estilista debutou sua nova linha em março de 2025 no evento de moda, com uma coleção inédita e única — e levou à passarela sua visão artística de moda e sustentabilidade e emocionou o público com o tema inovador e de extrema importância.
Moda que traça ideias no espaço
Com a coleção intitulada “Linha” inspirada no texto “Ponto e linha sobre plano” do artista russo-alemão Kandinsky. A partir dessa referência, o criador utilizou de formas geométricas, explorando as possibilidades do corpo como plano e suporte artístico, e apostou na cor preta para expor o seu design conceitual e abstrato. Interpretando a linha como elo entre corpo, natureza e construção.
Imagens do desfile (Foto: reprodução/Instagram/@spfw)
Sem perder o movimento, as vestimentas, projetadas para remeterem a esculturas, transformaram o corpo humano em plataforma de expressão.
As dobraduras: O ponto alto do desfile
Destaque para o casaco volumoso e inteiramente revestido por dobraduras em tecido preto, a peça cria uma textura tridimensional que se assemelha a espirais ou ondaso; vestido escultural em preto e branco, com formas assimétricas que evocam a linguagem abstrata de Kandinsky; o conjunto de alfaiataria com texturas contrastantes, que explora a relação entre ponto e linha e o macacão com recortes geométricos, que evidencia a habilidade do criador em transformar resíduos têxteis em moda conceitual e sustentável.
Apesar da predominância do preto, a coleção também trouxe sutis variações de cores, com branco e pequenos toques de vermelho e laranja, que acrescentaram profundidade visual à narrativa.
Melhores momentos da passarela no desfile (Vídeo: reprodução/Instagram/@Spfw)
Com técnicas sustentáveis como o reaproveitamento de resíduos têxteis, Leandro trouxe uma reflexão visual sobre questões ambientais e responsabilidade no fazer moda. O resultado foi uma apresentação que cruzou design, arte e consciência, provando que estética e propósito caminham lado a lado. Na passarela, tudo se tornou arte — do conceito à matéria.