Banco Central cria regras para criptomoedas e promete mais segurança ao investidor

A regulamentação do Banco Central promete mais segurança e transparência nas operações com criptomoedas, protegendo investidores e coibindo fraudes

11 nov, 2025
Criptomoedas | Reprodução/Michael Förtsch/Unsplash
Criptomoedas | Reprodução/Michael Förtsch/Unsplash

Na ultima segunda-feira (10), foi anunciado pelo Banco Central, em Brasília, um conjunto de regras para regulamentar o mercado de criptomoedas no Brasil. O objetivo é proteger os investidores e coibir fraudes, golpes e lavagem de dinheiro. As novas normas entram em vigor em fevereiro de 2026 e vão atingir todas as empresas que oferecem serviços com moedas digitais no país.

A medida é considerada um marco para quem investe ou pretende investir em criptomoedas. Pela primeira vez, o setor passa a ter uma fiscalização direta do Banco Central, que exigirá mais transparência nas operações e responsabilidade das empresas que intermediam compras, vendas e transferências desses ativos digitais.

O que muda para quem investe em criptomoedas

Na prática, o novo regulamento deve trazer mais segurança para o público. As empresas que lidam com criptoativos, conhecidas como corretoras ou exchanges, precisarão de autorização do Banco Central para funcionar. Elas também terão que comprovar que possuem estrutura adequada para evitar fraudes e proteger os dados dos clientes.


Publicação do UOL (Vídeo: reprodução/Youtube/Uol)


Isso significa que o investidor terá mais clareza sobre onde está aplicando seu dinheiro. Até agora, o mercado era praticamente livre, o que facilitava golpes e operações ilegais. Com a supervisão direta do BC, será mais difícil para empresas fantasmas ou plataformas sem respaldo enganarem consumidores com promessas de lucros rápidos.

Outro ponto importante é que as transferências internacionais com criptomoedas passarão a ser tratadas como operações de câmbio. Na prática, quem enviar ou receber valores do exterior usando moedas digitais precisará seguir regras parecidas com as de bancos tradicionais, o que garante mais rastreabilidade e segurança.

Como a medida pode ajudar o consumidor

A regulamentação também deve tornar o mercado mais confiável. Com a nova lei, o Banco Central poderá exigir relatórios das empresas, definir padrões de governança e aplicar punições em caso de irregularidades. Isso ajuda a evitar perdas financeiras e dá mais confiança a quem deseja entrar no mundo das criptomoedas.

Para o consumidor, a principal vantagem é a transparência. Será possível saber quais empresas estão devidamente registradas e confiáveis. Além disso, a supervisão promete reduzir os casos de pirâmides financeiras e fraudes que marcaram o setor nos últimos anos. As regras também incentivam o crescimento do mercado de forma saudável, atraindo novos investidores e fortalecendo o uso das criptomoedas como meio de pagamento e investimento no país.

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