Ouro sobe acima de US$ 4 mil com dúvidas comerciais e compras de bancos centrais

Impulsionado por compras de bancos centrais e incertezas sobre a política do Fed, o ouro supera os US$ 4 mil, retomando seu lugar como ativo de refúgio

04 nov, 2025
Ouro encerrou em alta de 0,44% | Reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg
Ouro encerrou em alta de 0,44% | Reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg

O ouro encerrou em alta nesta segunda-feira (3), sendo negociado acima do nível de US$ 4 mil. O impulso ocorre devido às novas compras de banco centrais e pela persistente incerteza de investidores acerca das taxas de juros e da política comercial dos Estados Unidos.

As declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) são uma das causas das incertezas entre os investidores. O crescente nível de juros dos EUA junto às políticas comerciais entre o país norte-americano e outros países tem causado dúvidas, o que acarretou que o ouro tivesse uma alta e se mantivesse como o principal metal de refúgio na economia.

Mercado do ouro

As negociações de dezembro do ouro na divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York), encerraram o pregão em alta de 0,44%, a US$ 4.014,00 por onça-troy, significando um avanço do metal no mercado global.

De acordo com o banco holandês ING, um dos fatores que o mercado vem analisando é o acordo comercial entre os EUA e a China. Oficializado na semana passada, o acordo recente entre as duas potências trouxe um respiro temporário ao mercado, entretanto, não ajudou efetivamente nas principais divergências.


A situação comercial entre EUA e China é um dos fatores que impulsionaram o ouro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/FREDERIC J.BROWN)


A situação atual aumenta a busca pelo ouro, mas os novos cortes de juros pelo Fed em dezembro mantém as expectativas reduzidas, segundo o ING.

Expectativas sobre os juros

Para o Saxo Bank, o momento atual é incerto, mesmo que os principais motivos pela alta do ouro “permanecem intactos”. Embora esses fatores permaneçam em uma posição de persistência, o ouro enfrenta obstáculos de curto prazo diante da política monetária cautelosa do Fed. De acordo com o banco dinamarquês, quando o momento de correção de juros acabar, os mesmos motivos que alimentaram a alta do metal devem retornar, com previsão para 2026.

Entre os dirigentes do Fed há uma divergência nas próximas decisões. O diretor do Fed, Stephen Miran, mencionou nesta segunda-feira (3), que pretende defender a redução de 50 pb (pontos-base) na próxima reunião monetária em dezembro. Já o presidente da distrital de Chicago, Austan Goolsbee, mencionou que ainda não tomou uma decisão acerca do encontro.

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