As ações da Netflix desceram cerca de 5% na sexta-feira, depois que o Goldman Sachs rebaixou o gigante do streaming, que enfrenta desaceleração dos gastos do consumidor e forte concorrência da Amazon e da Disney.
O Goldman rebaixou a ação para “vender” de “neutra” e baixou seu preço-alvo para US$ 186 de US$ 265, o menor entre os analistas que embrulharem as ações.
“A crise do custo de vida terá um grande impacto em todos os serviços de streaming. Não nos esqueçamos que o mercado agora está inundado com muitos streamings de mídia perseguindo poucos serviços”, disse Paolo Pescatore, analista da PP Foresight.
“Esperamos ver altos níveis de rotatividade, dada a própria natureza de como os serviços de streaming são vendidos. Portanto, alguns devem migrar para um pacote anual com desconto para atrair usuários e aumentar a fidelidade”.
Após o sucesso dos rivais HBO Max e Disney+ com ofertas semelhantes, a Netflix está considerando vender um serviço de assinatura mais barato que inclui anúncios.
Amazon Prime Video tem assinatura por R$ 14,90 ao mês (Foto:reprodução/CanalTech)
Dos 48 analistas de ações que cobrem a Netflix, 12 avaliam a ação como “compra” ou superior, 31 “manter” e 5 recomendam uma “venda” ou “venda forte”. O preço-alvo médio das ações é de US$ 297,50
A Netflix adotou uma série de mudanças estratégicas para evitar um período ruim, uma delas é oferecer planos mais baratos com anúncios, isso foi feito pelos rivais HBO Max e Disney e tem sido bem recebido pelos clientes.
É importante lembrar que 2022 não foi bom para a Netflix, que perdeu assinantes pela primeira vez em uma década. Para os especialistas, isso é um sinal de que o mercado de streaming provavelmente sofrerá com as flutuações da economia global, pois com os preços em alta, muitos estão cortando gastos adicionais.
Foto destaque: A semana é de queda para as ações da Netflix (reprodução/Olhardigital)