Nesta quarta-feira (7), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projetou que em 2023 o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil deverá ter uma alta de até 2,5% em relação a 2022.
A confederação destacou que o Brasil vai fechar o ano de 2022 com uma queda do PIB do agronegócio em 4,1%. Segundo a principal entidade representativa do setor agrícola do Brasil, isto se deve a alta dos insumos no setor e aos fertilizantes, que subiram mais de 100% neste ano por causa da guerra na Ucrânia. Em 2021, antes do conflito, o setor cresceu 8,3%.
De acordo com a confederação, o ano de 2023 será um “ano de desafios, tanto no ambiente interno quanto no cenário externo, em que poderá haver uma margem de lucro menor”, tendo uma redução de receita para o produtor rural e um aumento dos custos de produção na atividade. As previsões de desaceleração do PIB mundial podem influenciar o comportamento das exportações brasileiras do agro no próximo ano, acrescentou.
Agro do Brasil (Foto: Reprodução/MRural)
A projeção feita para a safra de grãos 2022/2023 é de uma alta de 15,5% (ou 42 milhões de toneladas) em relação a 2021/2022, alcançando 313 milhões de toneladas, de acordo com a CNA, que além disso, citou o crescimento da área plantada e a recuperação da produtividade da soja, posteriormente da seca impactar o Sul do Brasil em 2022.
Em relação às eleições, o presidente da entidade, João Martins, afirmou que ainda não buscou conversar com o governo eleito por conta da equipe de transição ainda não ter apresentado projetos para o agronegócio. Complementou que, quando as propostas forem publicadas, irão buscar o governo caso haja algum tipo de discordância. O diretor técnico Bruno Lucchi também defendeu a revisão do teto dos gastos. Contudo acha que a PEC fura-teto não deveria abrir espaço além do limite dos gastos por 2 anos como está na proposta, mas por 1 ano.
Foto Destaque: Agro do Brasil. (Reprodução/Canal Rural)