O dólar encerrou o dia em queda, em relação ao real, na última terça-feira, 14. A crescente inflação nos Estados Unidos e a crise dos bancos foram fatores que deixaram expectativas baixas, por parte do mercado financeiro. Houve uma tímida recuperação, com financiamento exteriores para auxiliar as bolsas americanas, mas não foi suficiente para deixar os números no patamar anterior. O mercado espera que o Fed, banco central americano, não aumente a taxa de juros no país, no próximo encontro da entidade, e que o governo dê mais de detalhes de como será a ajuda financeira aos bancos.
Diante desse cenário, o dólar fechou em baixa de 0,23%, sendo comercializado a R$ 5,256. A máxima alcançada foi de R$ 5,261 e a mínima, ficou em R$ 5,221. A moeda americana acumula alta em março, de 0,60%, mas no ano, apresenta queda de 0,41%. Outro fator que contribuiu para a queda foi o índice de preços ao consumidor, relacionados ao mês de fevereiro nos EUA. Ele reflete o quanto o consumidor comum está tendo que pagar com gasolina, alimentação e transporte, referidos a inflação. Ela voltou a acelerar, e hoje, tem alta de 0,5%.
Mesmo com cenário ruim, mercado global não deve enfrentar crise semelhante a 2008. (Foto: UOL)
Para os economistas do Wells Fargo, os dados econômicos ficaram em segundo plano nos últimos dias em relação à turbulência do mercado financeiro. “Talvez o maior desafio enfrentado pelo Federal Reserve seja a dificuldade de equilibrar as preocupações com o sistema bancário com uma inflação que ainda é mais que o dobro da meta do banco central.”
Para os economistas do Wells Fargo, esses dados ficaram debaixo da sombra da crise enfrentada pelos bancos. ”Talvez o maior desafio enfrentado pelo Federal Reserve seja a dificuldade de equilibrar as preocupações com o sistema bancário com uma inflação que ainda é mais que o dobro da meta do banco central’‘, afirmou um deles.
Foto Destaque: Nota de dólar. Divulgação/Agência Brasil
