A empresa de transportes Itapemirim foi fundada em 4 de julho de 1953, em Cachoeira do Itapemirim, no Espírito Santo. Tendo sido considerada uma das mais tradicionais do ramo no país e na América Latina, declarou falência ontem, dia 21 de setembro.
A decisão foi tomada pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e assinada pelo juiz João Oliveira Rodrigues Filho, após o pedido da administradora judicial EXM Partners.
O juiz mencionou na sentença que, o gestor judicial citou situação de “terra arrasada deixada pela antiga gestão sob o comando do senhor Sidnei Piva de Jesus e sua equipe, bem como vêm encontrando dificuldades na obtenção de todas as informações pertinentes ao bom andamento da empresa e, sobretudo, da recuperação judicial”.
Sidnei Piva de Jesus (Foto/Reprodução: Divulgação ITA)
João Rodrigues, mostra uma base de dados de maio de 2022 que evidencia dividas de mais de R$106, e que em outubro de 2021 o passivo tributário inadimplido era de R$2,39 bilhões. Dividas trabalhistas e outras, também foram citadas.
A sentença determina que por fim, “Deverá o administrador judicial proceder à venda de todos os bens da massa falida no prazo máximo de 180 dias (…) sob pena de destruição salvo por impossibilidade fundamentada, reconhecida por decisão judicial”.
Em março de 2016, o Grupo Itapemirim pediu recuperação judicial e viu a situação piorando ao longo dos anos, onde teve um colapso em sua companhia aérea, ITA, e a suspensão da mesma em dezembro do ano passado.
Além disso, a nova gestão do Grupo Itapemirim, viu o sucateamento de sua frota de ônibus. Em decorrência do que foi citado na sentença, em junho desse ano, eles possuíam 19 ônibus com a documentação pendente, 110 estacionados em garagens pelo Brasil, com problemas de manutenção e 62 ônibus em condições deploráveis, sem qualquer funcionalidade para uso.
Foto em destaque: Frota de ônibus do Grupo Itapemirim. (Foto/Reprodução: O Globo)