O Reino Unido anunciou na última terça-feira (23) que irá financiar um experimento científico no coração da Floresta Amazônica. Segundo a embaixada britânica, é um projeto pioneiro que irá medir o impacto do aumento dos níveis de dióxido de carbono no bioma brasileiro. O minitro das Relações Exteriores, James Cleverly, esteve em Manaus onde estão sendo construídas dezenas de torres para a injeção de CO2 na copa das árvores, e estudarão como ocorre a absorção do gás.
O experimento se chama ”AmazonFACE” ou ”Free-Air CO2 Enrichment”, e vai auxiliar os cientistas a entender melhor como a floresta responde a altos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. O CO2 é o principal gás que ocasiona o efeito estufa, que acelera as mudanças climáticas. Os principais efeitos são: aumento na temperatura global, fertilização das plantas e impactos no ciclo da água. O objetivo do projeto é estudar como o bioma se comportará com as possíveis osclilações no clima.
Projeto pode ser feito em outros biomas mundiais. (Foto: Rerodução/Money Times)
A expectativa é que os resultados iniciais sejam divulgados já no ano que vem, e serão disponibilizados para a comunidade científica. Dessa forma, a compreensão de como a Floresta Amazônica pode ”roubar” o excesso de CO2 na atmosfera será maior, e vai deixar o bioma menos vulnerável às mudanças climáticas, de acordo com a embaixada.
A realização do projeto foi realizada pela junção de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Met Office, serviço de metereologia britânico. Ao todo, ele vai custar R$ 77 milhões, sendo R$ 45 milhões do Reino Unido e R$ 32 milhões de recursos do Brasil. Cleverly irá apresentar uma parceria climática com o Brasil nesta quarta-feira (24). Em seguida, volta ao Reino Unido após uma viagem pelo continente americano, onde, além do Brasil, visitou Jamaica, Colômbia e Chile.
Foto Destaque: Floresta Amazônica. Reprodução/ Brasil 247