Quando se fala de empreender, muitos comentários são voltados para os países do exterior, Estados Unidos, Canadá, e alguns da Europa, porém, foi alcançado pela segunda vez seguida pela cidade de São Paulo o título de melhor lugar para empreender, segundo o Índice Cidades Empreendedoras (ICE) 2022.
Esse levantamento feito pela Endeavor e pela ENAP(Escola Nacional de Administração Pública) listou sete categorias que foram determinantes para selecionar as cidades que ficaram no topo do ranking, sendo elas: capital humana, cultura empreendedora, mercado, infraestrutura, ambiente regulatório, inovação e acesso a capital.
Além de ser o melhor lugar para empreender no Brasil, São Paulo ficou em primeiro lugar em 3 categorias: inovação, acesso a capital e infraestrutura. A segunda e a terceira colocação ficaram para Florianópolis(SC) e Curitiba(PR), que não apareceram no top 10 do ranking na edição passada, porém nessa ocupou o lugar de Osasco, que era o top 2 em 2020.
O Rio de Janeiro ficou fora, passando de 10° para a 15° colocação, junto dele, Brasília também caiu, saindo da 5° para a 69° colocação, ambos ficando fora do top 10.
As instituições ainda comentam que isso não significa que as duas cidades tiveram um decaimento no ambiente de negócios, mas sim que os outros municípios se tornaram mais capacitados e competitivos. Ainda assim, as cidades da região Sudeste ocupam os melhores números no ranking.
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Além disso, o estudo avaliou o desempenho dos 101 municípios mais populosos do país e mostrou que o ambiente se tornou melhor para empreendedores desde 2020.
A diretora de Altos Estudos da EFAP, Diana Coutinho, comentou que o objetivo da ICE é auxiliar os gestores públicos a melhorar e identificar os problemas das suas cidades e também empresas que estão em busca de um lugar para começar a empreender. “Estamos dando um farol para que os municípios orientem suas decisões”, comentou a diretora.
A diretora ainda comentou que um dos pontos que melhorou foi a infraestrutura, porém, por outro lado, uma questão que precisa melhorar é o acesso à capital.
O coordenador-geral de pesquisa ENAP, Cláudio Shikida, afirmou que oferecer um ambiente propício para o empreendedorismo é algo muito importante porque isso favorece o crescimento econômico.
Em depoimento, ele fez o seguinte comentário: “Quanto mais você dá condições para que o cidadão possa empreender, mais você estimula a abertura de novos negócios, inclusive entre aqueles que não tinham condições de se sustentar, propicia a criação de novos produtos e tecnologias”.
Foto de Destaque: representante a grande São Paulo. (Reprodução/Viagem e Turismo)