O magnata Elon Musk, fundador da montadora de carros elétricos Tesla, divulgou recentemente que o foco dos investimentos para 2022 será em softwares para condução autônoma de veículos, e para 2023, a construção de um robô humanoide para auxiliar nas fábricas.
“Eu ficaria chocado se não alcançarmos a direção autônoma total mais segura do que a humana este ano. Eu ficaria chocado”, assumiu Musk, prevendo que a direção completamente autônoma se tornará “a fonte mais importante de lucratividade para a Tesla”.
“É muito bom do ponto de vista financeiro”, informou, acrescentando que a aplicação de robotáxi aumenta a utilidade de um veículo em cinco vezes.
Homem lendo enquanto o veículo de condução autônoma o leva a um destino. (Foto: Reprodução/TI Inside).
A empresa utiliza câmeras e inteligência artificial na produção de seus veículos, evitando outras tecnologias, como a radar e a lidar usadas pela concorrente Waymo.
“Você precisa não apenas ver uma pessoa, você precisa fazê-lo com 99,999999999% de confiabilidade. Mesmo atropelar alguém uma vez não é uma resposta aceitável”, admitiu Austin Russell, presidente-executivo da fabricante de sistemas lidar Luminar.
Alguns usuários dos carros da Tesla já adquiriram pacotes com recursos de direção autônoma, avaliados em US$ 12 mil, na esperança de que a tecnologia consiga dispensar completamente um motorista para a condução do carro.
Até o momento, cerca de 60 mil condutores de carros da montadora estão testando a versão mais recente do software de direção autônoma.
Em contrapartida, o professor Philip Koopman da Universidade Carnegie Mellon, o qual trabalha na segurança de veículos autônomos, adverte que casos incomuns podem acontecer e impactar negativamente a segurança de quem se encontra dentro do carro.
“Sem um motorista humano para lidar com a segurança em novas situações, o aprendizado de máquina ainda não foi ensinado, é muito difícil garantir a segurança em um veículo totalmente automatizado”, disse ele.
Foto de destaque: Reprodução/Getty Images.