Reunião do BRICS questiona financiamento climático dos países
O encontro entre os líderes do bloco econômico BRICS ocorreu nesta segunda-feira (7), na cidade do Rio de Janeiro. Durante o encontro foi divulgada uma declaração conjunta pedindo que os países desenvolvidos ampliem substancialmente o financiamento climático. Líderes de países como a África do Sul e Índia marcaram presença, enquanto Vladimir Putin não veio, mas […]
O encontro entre os líderes do bloco econômico BRICS ocorreu nesta segunda-feira (7), na cidade do Rio de Janeiro. Durante o encontro foi divulgada uma declaração conjunta pedindo que os países desenvolvidos ampliem substancialmente o financiamento climático.
Líderes de países como a África do Sul e Índia marcaram presença, enquanto Vladimir Putin não veio, mas participou da reunião remotamente. O grupo pediu através de uma declaração, um valor de US$1,3 trilhão até o acontecimento da COP30 no final deste ano. Além disso, foi citado neste documento pelo bloco também uma “falta de ambição” por parte de países industrializados em diminuir as emissões dos gases estufas, o que atrasa exponencialmente o combate às mudanças climáticas.
Acordo de Paris e cooperação global
Na declaração, é citado também o Acordo de Paris, um tratado assinado em 2015, durante a COP21 na França. O acordo tem como objetivo limitar o aquecimento global em bem menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e de concretizar objetivos para que a temperatura mundial não aumente mais que 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.
O documento faz destaque ao papel do Acordo de Paris no fortalecimento do multilateralismo e na construção de uma base para a cooperação global, em busca de enfraquecer a crise climática. De acordo com o bloco, a responsabilidade pelo financiamento seria dos países desenvolvidos, apoiando os países emergentes – sem gerar impactos negativos em suas economias internas.
O apoio deve ser baseado em doações e acessível às comunidades, como diz a declaração, alertando também contra um possível endividamento das economias dessas nações. É reforçado no documento que todos os recursos arrecadados serão direcionados a reservas conectadas à UNFCCC.
Chefes de Estado e de governo dos países membros do BRICS participam de reunião no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/PABLO PORCIUNCULA/Getty Images Embed)
Participação do capital privado e do mercado de carbono
O grupo ressaltou também a relevância do capital do privado e do mercado de carbono na promoção de políticas voltadas ao tema. A participação do capital privado deve acontecer como uma ferramenta no financiamento climático, por meio de linhas de créditos mistos.
O mercado de carbono, paralelamente, é visto como um recurso estratégico para incentivar a iniciativa privada nos investimentos relacionados a transição para um modelo econômico sustentável.
