Foi assinado essa semana um memorando entre os Ministérios da Agricultura e Pecuária do Brasil e do Paraguai, o documento se trata do entendimento sobre cooperação em saúde animal entre os dois países. A confirmação do acordo entre os dois países foi anunciado na última quarta-feira (23) e o documento foi assinado na terça-feira (22) pelo ministro Marcos Montes e o ministro paraguaio Santiago Bertoni.
O objetivo principal é que os dois países passem a cooperar no intercâmbio de informação sobre saúde animal, na ação conjunta de vigilância epidemiológica nos municípios localizados na linha de fronteira e na ação conjunta de vigilância sanitária nos pontos de ingresso na linha de fronteira.
“Brasil e Paraguai possuem desafios semelhantes, em especial, nas regiões fronteiriças“, disse o ministro brasileiro Marcos Montes.
Em mesma reunião que lidou com o memorando, os ministros também discutiram sobre a exploração do potencial da Tilápia – nome comum dado a várias espécies de peixes ciclídeos de água doce e que se encontra presente em todas as regiões do País; analisando os trâmites necessários para vir a possibilitar o cultivo de tilápias no Reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que se localiza na fronteira entre os países.
Cultivo de Tilápia (Foto: Reprodução / Cultura Rural)
O potencial produtivo da tilápia no momento é estimado em mais ou menos 400 mil toneladas anuais, com um faturamento anual alcançando a faixa de R$ 2 bilhões e gerando potenciais 10 mil postos de trabalho diretos e 40 mil postos indiretos.
Nisso, o ministério ainda explica que para viabilizar a produção em massa, é preciso se alterar lei por parte do Paraguai para quem possam remodelar o Acordo para Conservação da Fauna Aquática nos Cursos dos Rios Limítrofes, que foi celebrado entre os respectivos governos em 1999 para autorizar o cultivo de espécies exóticas no reservatório. Mas novos tempos pedem por novas mudanças para que assim os dois países possam desfrutar de uma grande chance de renda econômica em suas respectivas áreas rurais.
Foto Destaque: Acordo visa que ambos os países passem a cooperar no intercâmbio de informação e na ação conjunta de vigilância epidemiológica na linha de fronteira. Reprodução/Globo Rural