Fóssil de aranha de mais de 310 milhões de anos é encontrado na Alemanha

Camilla Oliveira Por Camilla Oliveira
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Um fóssil de aranha foi descoberto há quatro anos pelo pesquisador Timotheus Wolterbeek na Alemanha, e é a espécie de aracnídeo recuperada mais antiga desse tipo já registrada no país, além de ser a primeira da era paleozoica. A espécie podia medir até 1 centímetro de comprimento e 4 de envergadura. 

O fóssil

A espécie, nomeada ‘Arthrolycosa wolterbeeki’, nunca havia sido estudada antes e acredita-se que viveu no período ‘Carbonífero’, entre 359 e 299 milhões de anos atrás. A descoberta dos restos fossilizados da espécie ocorreu na pedreira de Piesberg, e é o fóssil de um aracnídeo mais antigo já encontrado na Alemanha e a primeira aranha paleozoica nomeada do país. A relíquia foi encontrada pelo pesquisador da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, Timotheus Wolterbeek, há quase quatro anos e encaminhada ao especialista em aracnídeos Jason Dunlop para ser estudada.


Representação do aracnídeo ‘Arthrolycosa wolterbeeki’ (Foto: Reprodução/O Globo)


Jason Dunlop publicou um artigo sobre a nova espécie catalogada. Cerca de mais de 51 mil espécies de aranhas já foram registradas.

‘Arthrolycosa wolterbeeki’

Segundo o artigo de Jason, o texto revela detalhes de tamanho, pelagem e possível comportamento do acarnídeo: “Esta aranha provavelmente tinha um comprimento de cerca de um centímetro e uma envergadura de cerca de quatro centímetros. Está conservada o suficiente para mostrar detalhes das fiandeiras produtoras de seda e até pelos e garras nas pernas“, revelou.


Detalhes de estrutura corporal da espécie de aracnídeo por Jason Dunlop (Foto: Reprodução/CNN)


Ainda de acordo com Jason, a espécie teria vivido no período nomeado ‘Carbonífero’, época em que o planeta atingiu o pico de abundância de oxigênio na atmosfera, o que explicaria o tamanho da aranha. Além disso, o alto nível do mar durante aquele momento determinou o comportamento do aracnídeo e, consequentemente, dificultou a preservação de qualquer potencial fóssil: “Se as aranhas carboníferas tivessem um estilo de vida semelhante, de ‘sentar e esperar’ em uma toca ou algum tipo semelhante de refúgio, isso poderia explicar por que elas raramente entravam em contato com corpos de água necessários para sua preservação como fósseis”, detalhou o pesquisador.

O fóssil foi doado ao Museu de História Natural de Berlim, onde será submetido a estudos e é considerado um holótipo, designação dada quando há um exemplar inteiro de uma espécie na fossilização. 

 

Foto destaque: Fóssil de aranha de quase 310 milhões de anos é encontrado na Alemanha. Reprodução/O Globo

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