Saiba os cuidados necessários para proteger as orelhas do seu pet

Karina Oliveira Por Karina Oliveira
3 min de leitura

Alguns tutores não percebem, mas é crucial sempre ficar atento aos cuidados e à saúde do ouvido de seu animal doméstico. Segundo a médica-veterinária, Amanda Polese da Silva, os principais sinais de problema auditivo são quando o pet começa a balançar muito a cabeça, coçar frequentemente a orelha, ter a presença de alguma secreção ou a região apresentar um cheiro estranho. “Isso, com certeza, pode ser um indicativo de problema no conduto auditivo, e quanto mais rápido tratar, melhor”, alerta.

Contudo, o otite é uma doença inflamatória auditiva que pode ocasionar mais em cães do que em gatos, devido à sua anatomia. “Cães com orelhas longas e caídas são considerados mais predispostos às otites, pois tais características dificultam a entrada de ar e a secagem adequada da orelha, o que favorece um ambiente quente, úmido e escuro, ou seja, condições ideais para a proliferação de microrganismos, tais como bactérias e agentes fúngicos”, explica a veterinária.

As raças Cocker Spaniel, Buldogue, Chihuahua, Teckel, Basset Hound, Golden Retriever, Dachshund; Setter Irlandês; Labrador e Pastor Alemão são predispostas a apresentar essa inflamação.


Cachorro da raça Golden Retriever (Reprodução/ depositphotos)


As principais causas primárias para o desenvolvimento da doença, conforme da médica-veterinária, são as enfermidades alérgicas (principalmente dermatites de contato, trofoalérgica e atópica); parasitárias (Otodectes cynotis, Sarcoptes scabiei, Demodex cati e Notoedris cati); distúrbios de queratinização; doenças endócrinas (hipotireoidismo), auto imunes (pênfigo foliáceo, penfigóide bolhoso, lúpus eritematoso discoide, eritema multiforme e farmacodermia), entre outras. Além disso, ela ressaltou que precisa identificar em que parte está desenvolvendo o otite, que são as áreas externa, média e interna. 

Para realizar o diagnóstico no animal, é necessário realizar exames físico e otológico. Além de fazer outros métodos que identificam o tipo de otite, como otoscopia, exames parasitológico, citológico, cultura e antibiograma de cerúmen e, quando necessários, exames de imagem, como raio-X, ultrassom, ressonância magnética e tomografia computadorizada.

Porém, é possível prevenir o máximo possível do pet apresentar essa doença, o animal precisa realizar a higienização de rotina do pavilhão auricular e conduto auditivo, proteger as orelhas do cão e gato contra a água enquanto estiver tomando banho, evitar de tirar os pelos dentro das orelhas para proteção do conduto auditivo, o tutor precisa diariamente verificar as orelhas de seu pet e ver se não apresenta alguma irregularidade ou secreção. E por fim, administrar antiparasitários com a orientação do médico-veterinário, protegendo o cão e o gato de sarna otodécica.

Foto Destaque:  Reprodução/ Freepik

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile