Jão retorna aos palcos com turnê megalomaníaca e com nova setlist

Ramon Baratella Por Ramon Baratella
7 min de leitura
Jão durante abertura da “Super Turne”. (divulgação/X/@isazeminian)

A cidade de São Paulo recebeu neste fim de semana, sábado (20) e domingo (21), a estreia da grandiosa “Super Turnê”, do cantor Jão, com direito a ingressos esgotados nas duas datas e esta marca sua primeira turnê em estádios desde o início de sua carreira musical.

O retorno do artista de 29 anos aos palcos contou com uma grande estrutura, efeitos especiais, telões, trocas de figurino, pulseiras de led e as da amizade, e um enorme dragão para contemplar sua carreira e o vislumbre do olhar dos fãs. 

Quatro elementos

Nascido no interior de São Paulo, Jão deu seus primeiros passos de sua carreira musical através de covers que eram postados em seu canal de Youtube, em 2016. Dois anos se passaram e ele lançou seu primeiro disco, o “Lobos”, anos foram se passando, sua coletânea aumentou e seus sonhos se tornaram mais ambiciosos. 

Com o lançamento de “Super”, seu quarto álbum, a teoria dos quatro elementos foi concretizada e essa ideia seguiu para montar a setlist do espetáculo e separar a turnê em quatro blocos com as músicas de cada disco misturadas entre si. Juntando as 28 músicas escolhidas para compor cada ato, as apresentações tiveram em média de duas horas.

Sonhos

Com todos os fãs já posicionados em seus setores e vibrando pela chegada do cantor, o público poderia escolher uma faixa para ser adicionada na setlist do espetáculo, na primeira noite entre “Aqui” e “Triste para Sempre”, na segunda “Barcelona” e “Clarão”.

Jão abre o show com “Escorpião” carro chefe de seu quarto disco juntamente aos clássicos hits “Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor” e “A Rua”, com direito a plateia pulando e cantando com todas as suas forças. 


[Crítica] Jão retorna aos palcos com turnê megalomaníaca e setlist de tirar o fôlego
Jão e backing vocals na segunda noite da “Super Turne” (Foto: reprodução/Instagram/@Superturne)

Para iniciar o bloco “Terra”, o artista com seu figurino preto e brilhante canta “Imaturo”, single de seu primeiro álbum, seguida de “Gameboy” e “Radio”, do “Super”. Falando no seu disco de estreia, o cantor preparou uma surpresa para os presentes no estádio, a faixa “Monstros” foi cantada depois de seis anos e Jão afirma que havia prometido que iria cantá-la apenas quando este dia finalmente chegasse. 

Seguindo para o ato “Ar”, o artista surpreende a todos na performance de “Sinais” onde finaliza a canção sendo erguido no ar remetendo a abdução alienígena e também como uma referência ao “Anti-herói” seu segundo álbum.


Jão sendo “abduzido” na performance de “Sinais”. (divulgação/Instagram/@Drispaca)
Jão sendo “abduzido” na performance de “Sinais” (Foto: reprodução/Instagram/@Drispaca)

Este sendo o mais sentimental e com as músicas de “sofrência”, são incluídas “A Última Noite” Jão canta em cima da estrutura onde está sendo projetado um desenho de prédio e “Nota de Voz 8”. Para aqueles que querem saber o que o amor virá quando chega ao fim, a sequência “Acontece” e “Julho” também está presente e tocadas debaixo da chuva. 

Como um idiota ama 

A “Água” do mar pode ser calma, mas em certos momentos bem agitada. Para levantar o astral do publico após musicas que tocam seu coração, “Santo” agita o Allianz Parque, não só ela como os hits “Idiota” e “Meninos e Meninas”, “Labia” e a romântica “Locadora” que ganhou uma intro especial no ritmo de jazz com a banda da estrela pop.

Com direito a troca de figurino, desta vez cor de rosa com um par de luvas brancas, a canção escolhida pelo público – antes do início da apresentação – e cantada neste momento do show, a decisão da primeira noite foi “Triste para Sempre” e na segunda “Barcelona”, ambas cantadas com todas as forças pelos fãs. 

O último bloco é tomado pelo “Fogo” com as energéticas “Eu Posso Ser Como Você”, “Me Lambe” e “Pilantra” – sua colaboração com Anitta – a faixa “Maria” ganhou um momento mais intimista com o cantor e um piano e “São Paulo, 2015” trouxe guitarras mais frenéticas.

Para finalizar, Jão canta “Super”, música que dá nome ao grandioso espetáculo, e “Alinhamento Milenar” que não só comovem o público, mas encerram com chave de ouro essa leva de quatro álbuns e contemplam sua carreira e antes mesmo de se despedir do público, o cantor desce do palco e beija seu produtor Pedro Tofani pegando todos seus fãs de surpresa e que obviamente celebraram o momento.



Super Turnê

Não é a primeira vez que Jão se arrisca trazendo uma estrutura megalomaníaca para cantar seu repertório ao vivo que, não só impressiona sua legião fiel de fãs, mas também para aqueles que não acompanham diretamente seu trabalho. Desde o início da carreira o cantor se apresenta em meio a cenários como o navio pirata de seus shows na turnê passada e para representar essa nova era o grande dragão utilizado no The Town e agora na Super Turnê. 

Seu público, que era mais intimista no início, aos poucos o cantor foi aumentando conforme os lançamentos de cada álbum até o ponto onde casas de shows em São Paulo não conseguissem não comportar a quantidade de fãs, por exemplo o último show da “Turnê Pirata”, no Anhangabaú, reuniu mais de 50 mil pessoas para vê-lo. 

É inegável a inspiração do cantor em outros personagens da música pop como Taylor Swift e Harry Styles, em vários momentos e notória as referências na grandiosa “The Eras Tour” ou na “Love On Tour” o que não tira a força em que o nome “Jão” tem no cenário fonográfico brasileiro.

O repertório repleto de músicas para cantar com força e outras para chorar, essa foi mais uma vez em que o artista mostrou que não tem medo de seguir seus sonhos e que artistas nacionais podem montar um grande espetáculo como os nomes internacionais que fazem suas passagens pelo Brasil. 

Nesse final de semana aconteceram os primeiros shows da “Super Turnê” e o cantor segue com datas marcadas em vários estados do país até maio de 2024. 

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