13 alunos que participaram de um protesto pró- Palestina foram impedidos de receberem seus diplomas de formatura pela Universidade de Harvard, de acordo com a CNN. A medida anunciada pela instituição nesta semana resultou em críticas por parte dos alunos.
Nas últimas semanas, ondas de protestos em solidariedade ao povo palestino se espalharam pelos campi de universidades ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, segundo cobertura feita pela CNN, vários manifestantes foram presos e sofreram violência tanto de grupos contrários à manifestação quanto das forças de segurança pública.
Acampamento pró-palestina no campus da Universidade de Harvard (Foto: reprodução/Getty Images embed)
Sem formatura para os manifestantes
Nesta quinta-feira (23), durante a cerimônia de formatura, os alunos de Harvard manifestaram contra a decisão da Universidade de não permitir que os estudantes que protestaram a favor da Palestina se formem. Apesar da movimentação, o conselho de direção da instituição rejeitou a recomendação dos membros da faculdade para permitir a graduação dos jovens.
Estudantes protestam à favor do povo palestino em Harvard (Foto: reprodução/Getty Images embed)
Harvard emitiu uma nota em que alega que os alunos não estão em uma “boa situação” na universidade ou que estão enfrentando ações disciplinares e, portanto, são inelegíveis para receberem os diplomas. Segundo a CNN, a universidade não esclareceu quantos são os alunos que enfrentam as ações disciplinares.
Tentativa de acordo
De acordo com o veículo, os estudantes tentariam realizar um acordo com Harvard ainda no início da semana e a própria universidade havia dito que reverteria as suspensões. Mais de 20 alunos estavam nessa lista e seria ofertada leniência a 60 alunos que passam por ações disciplinares, segundo a instituição.
Protesto em Harvard logo após Israel ordenar a evacuação da Faixa de Gaza em outubro de 2023 (Foto: reprodução/Getty Images embed)
O acampamento pró-palestino permaneceu montado no campus por quase três semanas e foi desmontado no final de abril. O pedido dos manifestantes, segundo a CNN, era de que a universidade investisse menos em organizações israelenses e aplicasse os recursos nos interesses palestinos.