O Censo Demográfico divulgou os dados das taxas de analfabetismo do ano de 2022. De acordo com as informações divulgadas, o Brasil possui uma taxa de 7% de indivíduos acima de 15 anos que não sabem ler e escrever um simples bilhete, o que corresponde a 11,4 milhões de pessoas. Em 2010, o Censo afirmava que a taxa era de 9,6%.
No ano de 1940, a taxa de analfabetismo era de 56%, e com isso, esse número diminuiu significativamente nos últimos anos.
Analfabetismo entre os indígenas
Segundo informações do Censo, os povos indígenas têm a maior taxa de analfabetismo, com uma porcentagem de 15,1%. Este percentual corresponde a 10,1% entre os indivíduos da comunidade negra, enquanto alcança 8,8% entre os integrantes da comunidade parda. A menor incidência de analfabetismo foi observada entre as pessoas de ascendência branca e amarela, registrando-se taxas de 4,3% e 2,5%, respectivamente. Em outras palavras, a proporção de analfabetos entre negros e pardos é mais que o dobro daquela entre brancos, enquanto a dos indígenas é quase quatro vezes maior.
O analfabetismo em cada região do país
De acordo com o Censo de 2022, o Nordeste registrou a maior média de analfabetismo no país. A região registra uma taxa 14,2%, que é o dobro da média nacional e a maior do país. No ano de 2010, registrava uma porcentagem de 19,1%.
Logo atrás vem a região Norte, com uma porcentagem de 8,2% de pessoas analfabetas. No Sudeste, 3,9% das pessoas não sabem ler e no Centro-Oeste, 5,1%. O Sul se mantém como a região que possui a menor taxa de analfabetos, com 3,4% em 2022.
Por cidades, as maiores porcentagens de analfabetismo foram encontradas no Piauí (17,2) e em Alagoas (17,7%). As menores taxas foram encontradas no Distrito Federal (2,8%) e em Santa Catarina (2,7%).
No que se refere à incidência de analfabetismo em relação ao tamanho populacional dos municípios, apenas as cidades com mais de 100.000 habitantes apresentaram índices abaixo da média nacional. A maioria dos municípios com as taxas mais elevadas está localizada na região Nordeste, concentrando 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas foram observadas nas localidades com até 10 mil habitantes, todos situados no estado do Piauí.