Ataques de Israel em Gaza mataram pelo menos 52 pessoas nesta quinta-feira (10), conforme dados da Defesa Civil Palestina. Os bombardeios ocorreram em áreas densamente povoadas, incluindo abrigos e unidades de saúde, enquanto em Doha, no Catar, representantes de Israel e do Hamas negociam uma trégua com mediação do Egito, dos Estados Unidos e do governo catariano. A ofensiva intensificou a crise humanitária no território, que já enfrenta meses de conflito.
Civis mortos em áreas de refúgio e clínicas
De acordo com a Defesa Civil de Gaza, 17 pessoas, entre elas oito crianças, morreram próximas a uma clínica médica em Deir al-Balah, região central da Faixa de Gaza. Em Khan Yunis, no sul do território, uma mãe e seus quatro filhos foram mortos quando um abrigo foi atingido por ataques israelenses.
Bombardeios israelenses matam 52 pessoas durante negociações com Hamas no Catar (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)
As forças israelenses afirmam que os alvos são ligados a militantes do Hamas e a estruturas usadas para ataques contra Israel. No entanto, agências internacionais e grupos humanitários denunciam que os ataques atingem áreas civis e colocam em risco a população local.
Negociações de trégua seguem sem avanços significativos em Doha
Pelo quinto dia consecutivo, as negociações entre Israel e Hamas continuam em Doha, mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos. O Hamas indicou disposição para libertar dez reféns em troca de um cessar-fogo e da retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
Israel condiciona qualquer trégua à destruição da capacidade militar do Hamas e à libertação completa dos reféns. A postura dos dois lados permanece rígida, dificultando avanços e prolongando o conflito.
Impacto humanitário e reações internacionais
Organizações internacionais alertam para a grave situação humanitária na Faixa de Gaza, que sofre com falta de água, energia, alimentos e assistência médica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que cerca de 60% dos hospitais operam com capacidade reduzida devido à crise.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) reforçou pedidos por corredores humanitários seguros para que a ajuda possa chegar à população civil. A ONU convocou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança para discutir o agravamento do conflito.
Diversos países, como França, Turquia e Rússia, manifestaram preocupação e pedem o fim imediato dos ataques. A pressão internacional cresce para que as partes envolvidas retomem o diálogo e evitem uma escalada ainda maior da violência.
