Desde o dia 18 de abril, protestos pró-Palestina tomaram conta das universidades dos Estados Unidos. A partir daí, mais de 1500 pessoas foram presas em todo o país, segundo análise feita pela CNN.
Manifestações
Os manifestantes estavam acampados em meio às suas universidades e suas exigências eram variáveis de campus a campus, porém tinham como objetivo conjunto a desvinculação das universidades com empresas que têm laços financeiros com Israel mesmo em meio a guerra com Hamas.
Na universidade de Columbia, por exemplo, os alunos exigiam que a universidade não só cortasse os laços, mas também se comprometesse a parar de fazer negócios com empresas que apoiam a guerra.
Prisões
Na Universidade da Califórnia em Los Angeles, havia um acampamento montado por um grupo pró-Palestina e outro grupo apoiantes de Israel que avançou contra a multidão, derrubou as barricadas e atiraram fogos de artifício em direção aos manifestantes, com a chegada da polícia foram usados sprays de pimenta e detenções em massa para repreender a multidão.
Segundo a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, a polícia foi solicitada para apoio depois do confronto entre os manifestantes. Nessa ação, os policiais retiraram estudantes que haviam invadido a universidade e prenderam cerca de 300 manifestantes.
Essas detenções aconteceram em cerca de 30 campus distintos em 23 estado. O rol de detidos incluía estudantes e professores, os quais alguns ficaram feridos durante a ação policial.
Biden
Esses crescentes protestos nas universidades causam um aumento de repressões policiais que tendem a ser violentas, o que leva a uma chuva de críticas ao presidente Biden e sua postura política em relação a Israel.
Assessores de Biden descartam a ideia de que a onda de protestos ou seus apoiadores possam ocasionar a perda da Casa Branca na eleição presidencial que ocorrerá em novembro. Eles ainda declaram que o número de participantes aptos a votar é pequeno comparado a 41 milhões de eleitores da “Geração Z”.
Entretanto, com a postura do presidente frente aos protestos pró-Palestina, os democratas alertam que jovens eleitores, que já não gostam de Joe Biden, podem mudar de voto por conta de Israel.
A pesquisa de campanha do candidato, todavia, mostra que a maioria dos eleitores de 2024 – incluindo os jovens – tendem a escolher um presidente baseado em questões como economia, e não guerras.
Apesar de alguns dados favorecerem e desfavorecer Biden ou Trump, os percentuais refletem uma juventude que apoia Joe acima de Donald, mas que, em contrapartida, não apoia ajuda a Israel.