Durante uma entrevista nesta sexta-feira, 10 de janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a decisão da Meta de encerrar seu programa de verificação de fatos. Biden destacou a necessidade de fornecer contexto e informações adicionais para os usuários das redes sociais. Ele apontou que os gestores dessas plataformas parecem não se importar com a responsabilidade de garantir informações precisas.
A declaração foi feita na Casa Branca, durante o evento de apresentação de um relatório sobre o crescimento do emprego ao longo de seu mandato. Após a divulgação dos dados, o presidente respondeu a perguntas dos jornalistas presentes, incluindo questões sobre a polêmica decisão da Meta.
Mudanças na política de moderação da Meta
O CEO da empresa Meta, que possui quatro redes sociais, Mark Zuckerberg, anunciou recentemente o fim do programa de verificação de dados, implementado após críticas em 2016 sobre a disseminação de desinformação em suas plataformas. Na época, a empresa lançou a iniciativa para combater fake news e discursos prejudiciais. Agora, Zuckerberg adotou uma abordagem semelhante à do X (antigo Twitter), liderado por Elon Musk, implementando “notas da comunidade“, rótulos de contexto gerados por usuários.
Zuckerberg justificou a decisão alegando que o sistema anterior de verificação era politicamente tendencioso e minava a confiança do público. A mudança foi anunciada pouco tempo depois de Donald Trump assumir o cargo de presidente.
Impacto e controvérsias
A retirada dos verificadores de fatos levanta preocupações sobre a qualidade da informação disponível nas redes sociais. Para Biden, o contexto adicional é essencial para evitar a desinformação e proteger os usuários. No entanto, a decisão da Meta reflete uma tendência crescente entre as grandes plataformas digitais de reduzir as ferramentas formais de moderação e transferir essa responsabilidade para a comunidade. A medida contínua gerando debates sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e combate à desinformação.