Nesta sexta-feira (5), a Bolívia passou a ser membro pleno do Mercosul, um bloco econômico criado em 1991, que abraça alguns países sul-americanos, incluindo o Brasil. A notícia foi divulgada hoje pelo presidente boliviano, Luis Arce, que usou o X (antigo twitter) como forma oficial de pronunciamento.
“Depois de quase sete meses, hoje (sexta, 5) finalmente recebemos a lei sancionada, e neste mesmo dia a promulgamos imediatamente. A incorporação da Bolívia como país membro do Mercosul tem um caráter estratégico porque significa fazer parte de um importante espaço de integração regional, intercâmbio comercial, fortalecimento produtivo e nos torna um eixo articulador na região“, escreveu ele na rede social.
Aprovação na Câmara
Desde o dia 14 de junho, a Câmara dos deputados boliviana havia aprovado a integração da Bolívia, mas só na última quarta-feira (3) foi sancionada pelo Senado do país. Após sua promulgação, serão necessários 30 dias para que a norma entre em vigor.
Celinda Sosa
Celinda Sosa, ministra da boliviana, discursa (Foto: reprodução/ Aizar Raldes/AFP via Getty Images embed)
A escolha foi muito bem vista pela chanceler boliviana, Celinda Sosa, que deu declaração a imprensa demonstrando sua aprovação “É um momento muito histórico para a Bolívia, para os setores produtivos e para os bolivianos que vivem e são parte do Mercosul”, compartilhou. “Um sonho que se tornou realidade depois de muitos anos”, que “possamos participar desde bloco, o quinto bloco econômico mais importante do mundo” disse ela.
O presidente Luis Arce participará no domingo (07), da cúpula do Mercosul no Paraguai, e no dia seguinte ele receberá Luís Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, na cidade de Santa Cruz.
A reunião do dia 7 deve finalizar a entrada oficial da Bolívia como membro pleno do bloco, ou seja, passará a ter os mesmos direitos e obrigações que os membros fundadores do bloco.