Cães detectores de cheiro podem farejar estresse de uma pessoa pelo hálito, aponta estudo

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destaque: close de um cachoro em Nova York (Reprodução/Jamie McCarthy/Getty Images embed)

Na última quinta-feira (28), a Frontier, importante editora de artigos científicos do Canadá, publicou resultados de um experimento em que investigou se cães poderiam detectar o estresse de uma pessoa pela respiração. Essa pessoa teria um histórico de estresse pós-traumático e teria sido exposta a sinais de trauma personalizados.

O experimento

De acordo com a Laura Kiiroja, autora principal do experimento, foram coletadas amostras de respiração de 26 pessoas em 40 sessões. Amostras de respiração controle (durante um estado calmo) e de respiração alvo (estressado, induzido pela exposição a estímulos traumáticos) foram alternadas para realizar a pesquisa. As amostras foram apresentadas a dois cães, Ivy e Callie.

“Avaliou-se a capacidade dos cães de discriminar entre os dois estados nas amostras. Além disso, determinou a capacidade deles de generalizar o odor alvo em diferentes indivíduos e em diferentes eventos estressantes. A Teoria de Detecção de Sinais foi aplicada para avaliar a sensibilidade, especificidade, precisão e viés de resposta dos cães.”

Laura Kiiroja

Embora Ivy e Callie tenham tido um desempenho de aproximadamente 90% de precisão no experimento de discriminação e 74% e 81% de precisão no experimento de detecção, demonstrando a eficácia do experimento, o mesmo ainda necessita de validação científica.

Transtorno de estresse pós-traumático

O TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) é uma condição de saúde mental prejudicial, que afeta mais os militares. O transtorno inicia após a vivência de um episódio catastrófico ou assustador. A pessoa desenvolve pensamentos repetitivos em um flashback. É como se ela estivesse vivendo aquela situação novamente, sentindo todo o mal-estar vivenciado.


Veterinário faz atendimento à domicílio em Nova York (Foto: reprodução/John Moore/Getty Images embed)


Os cachorros de serviço ou de assistência já são treinados para alertar sintomas físicos e comportamentais da condição. Se forem capazes de identificar os sinais pelo hálito dos pacientes, podem interromper a crise, quando os tutores estiverem sentindo os sintomas.

Cães de serviço também podem ser treinados para ajudar pessoas com outras limitações, dentre elas portadores de cegueiras, esquizofrenia e epilepsia.  


@schizophrenichippie Luna is amazing and the training she has helpse differentiate between reality and hallucinations. #psychology #paychologyfacts #schizophrenia #mentalhealthawareness #repost ♬ original sound – Kody Green

Vídeo viralizou no Tiktok, com mais de 25 milhões de visualizações, mostrando Luna, uma cadela de serviço, socorrendo seu tutor em crise de esquizofrenia


No caso dos portadores de esquizofrenia, eles podem melhorar a qualidade de vida do paciente e aumentar a capacidade de operar de forma independente. Lembretes de medicamentos e tratamento, teste de realidade para alucinações, assistência com interações sociais, buscas no ambiente são formas de ajudar, além de companheirismo e amor incondicional, que só esses animais de 4 patas podem oferecer.

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