Bactéria comedora de carne se alastra nos Estados Unidos

Raissa Martins Por Raissa Martins
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Na última quinta-feira, dia 23/03, pesquisadores realizaram um alerta de que a mudanca climática ao longo da Costa Leste dos EUA pode elevar aumento no número da Vibrio vulnificus, conhecida como “bactéria comedora de carne”, espécie de bactéria marinha capaz de levar à mortalidade, e que pode causar infecções carnívoras. O alerta foi feito na mais recente edição para a lista das diversas maneiras que o aquecimento global pode ser ameaçador tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde e o bem-estar.

Pesquisa publicada na última quarta-feira, dia 22/03, na “Scientific Reports”, mostrou que a quantidade de infecções têm aumentado consideravelmente ao longo da Costa Leste nos últimos 30 anos, subindo de 10 por ano para 80 por ano.

Os idosos são os mais suscetíveis à infecção. A previsão dos pesquisadores é a de que daqui 20 anos ocororra de forma densa a expansão da bactéria nos lugares densamente povoados em Nova York e, além disso, a quantidade anual de infecção irá dobrar.

Pesquisadores destacaram ainda que as infecções eram comumente encontradas na costa azul do Atlântico e no Golfo do México. Na região norte da Geórgia, a quantidade era bem rara, mas, que agora, uma análise de dados feita pelo DCD, revelou que está havendo uma movimentação constante para o norte, e que elas podem ser encontradas agora no norte da Filadélfia.

 


Vírus da bactéia comedora de carne é comumente encontrada no Golfo do México, nos Estados Unidos. Foto: Divulgação/Saber es pratico.


Em entrevista à Forbes, a pesquisadora de pós-graduação da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, Elizabeth Archer, disse que as novas descobertas condizem com os impáctos extensos que as alterações climáticas vêm causando ao longo do tempo no meio ambiente. Com isso, através da sensibilidade causada pela temperatura, Elizabeth relatou que a Vídrio “uma espécie de barômetro microbiano da mudança climática”. Em relação à pesquisa, ela ainda disse que: “É importante cuidar do ambiente costeiro”.

A pesquisadora enfatizou que as bactérias são parte natural do ecossistema, que não podem, simplesmente, serem elimidadas: “Não podemos simplesmente erradicá-las do ambiente em que ocorrem naturalmente.”

Foto de capa: Adobe Stock.

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