Após se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, em Balim na Indonésia, onde está acontecendo a cúpula do G20, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou um pronunciamento nesta segunda-feira (14). Apesar das tensões entre as duas maiores economias globais, o estadunidense afirma que não estão buscando nenhum tipo de conflito, “Quero me certificar que todos os países entendem esse papel que nós discutimos”, disse à imprensa.
O encontro entre os governantes é o primeiro ocorrido presencialmente, desde que Biden assumiu o cargo em 2021. A entrevista à imprensa foi iniciada com o presidente falando que o povo americano provou mais uma vez que a democracia é o que são. “O que vimos foi a força e a resiliência da democracia americana. Vimos isso em ação.”, disse.
Xi Jinping e Joe Biden conversando (Foto: Reprodução/The Hindu)
Na campanha presidencial, Biden dizia que o futuro da democracia americana estava em perigo devido a negação eleitoral e violência política. Desde a saída do presidente para uma viagem internacional com várias paradas, as recentes eleições de meio de mandato mostraram que Arizona e Nevada, nos resultados, pretendem manter os democratas como maioria no Senado dos EUA.
O estadunidense afirma que as eleições mostraram “uma forte rejeição aos negadores das eleições em todos os níveis, desde aqueles que buscam liderar nossos estados e narizes para servir no Congresso e também aqueles que buscam supervisionar as eleições. E houve uma forte rejeição da violência política e da intimidação dos eleitores”.
Biden afirma que deixou claro que a política dos EUA em relação à Taiwan não mudou, não querendo que as questões através do Estreito sejam resolvidas pacificamente, mas, antes das negociações, o presidente, disse quatro vezes, que defenderiam Taiwan militarmente se a China se mover para a ilha autônoma. O estadunidense disse que não interpretou nenhuma “tentativa iminente” de invasão chinesa no área taiwanesa. “Estou convencido de que ele entendeu exatamente o que eu estava dizendo”, disse o governante.
Diante da tensão entre os dois países, o presidente disse que vai administrar a competição com responsabilidade com o líder Xi Jinping, “Vamos competir vigorosamente, mas não estou procurando conflito”, explicou. O representante disse que os dois tiveram uma conversa franca e aberta sobre as intenções e prioridades. “Ele foi claro e eu deixei claro que defenderemos os interesses e valores americanos, promoveremos os direitos humanos universais, enfrentaremos a ordem internacional e trabalharemos em sintonia com nossos aliados e parceiros”, esclarece Biden.
O estadunidense também disse que os dois países precisam ser capazes de trabalhar juntos para solucionar os conflitos globais que exigem a ação de cada nação. Na Guerra da Ucrânia, Biden e Xi Jinping concordam que o uso de armas nucleares é inaceitável.
Memo não tendo certeza se a China tem a capacidade de influenciar a tomada de decisões da Coreia do Norte no assunto de testes nucleares e mísseis, Biden diz acreditar que o líder chinês não quer mais ações de escalada de Pyongyang e enfatizou que, caso houvessem mais provocações do Norte, os Estados Unidos terá “que tomar certas ações que seriam mais defensivas”.
O presidente estadunidense disse que deixou claro para o presidente Xi Jinping que achava que eles tinham a obrigação de tentar mostrar para a Coreia do Norte que ela não deveria se envolver em testes nucleares de longo alcance. “Estou confiante de que a China não está procurando que a Coreia do Norte se envolva em outros meios de escalada”, afirma.
O secretário de Estado, Antony Blinken, viajará à China, de acordo com Biden, para reuniões de acompanhamento.
Foto destaque: Xi Jinping e Joe Biden apertando as mãos (Foto: Reprodução/Poder 360)