O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou, neste domingo (5), que haverá “consequências” caso a China envie armas à Russia para a guerra na Ucrânia.
“Estamos numa fase em que deixamos claro que isso não deveria acontecer e estou relativamente otimista de que teremos sucesso com o nosso pedido neste caso, mas teremos de analisá-lo e teremos de ser muito, muito cautelosos”, disse em entrevista à CNN.
Presidente da China, Xi Jinping, e chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. (Reprodução/Kay Nietfeld/POOL /AFP)
Funcionários dos EUA alertaram, recentemente, que a China poderia começar a fornecer armas e munições a Moscou. Scholz foi questionado se havia evidências concretas dos Estados Unidos sobre a China considerar a entrega das armas e se apoiaria sanções contra Pequim. Todos concordamos que não deve haver entrega de armas, e o governo chinês declarou que não entregaria nenhuma”, respondeu o chanceler. “É isso que exigimos e estamos atentos”.
Após reunião dos líderes no Salão Oval, nesta sexta-feira (3), Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, disse crer que, mesmo que Pequim não tenha enviado as armas, essa ainda é uma possibilidade cogitada. “Cada passo que a China dá em direção à Rússia torna mais difícil o relacionamento de Pequim com a Europa e outras regiões do mundo”.
No dia 26 de fevereiro, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan prometeu que haveria “custos reais” se o país chinês fornecesse ajuda letal à Russia na guerra. “De nossa perspectiva, na verdade, esta guerra apresenta complicações reais para Pequim. E Pequim terá que tomar suas próprias decisões sobre como proceder, se fornecerá assistência militar. Mas, se for por esse caminho, terá um custo real para a China. E acho que os líderes da China estão avaliando isso ao tomar suas decisões”, respondeu em entrevista à CNN.
De acordo com Sullivan, nas conversas diplomáticas entre os EUA e a China, os estadunidenses não estão apenas fazendo ameaças diretas. “Estamos apenas expondo as apostas e as consequências, como as coisas aconteceriam. E estamos fazendo isso de forma clara e específica a portas fechadas”.
Foto destaque: Chanceler alemão Olaf Scholz. (Reprodução/Poder 360)