Nesta segunda-feira (24) o corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, determinou o monitoramento diário dos perfis do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e André Janones (Avante-RJ). O filho do atual presidente é responsável pela administração das redes sociais de Jair Bolsonaro, além de liderar o marketing digital da campanha. Janones, no que lhe concerne, é o responsável pela publicidade digital da campanha de Luis Inácio Lula da Silva. O objetivo do TSE é observar e comparar o padrão e a frequência em que ocorrem fake news em ambas as trajetórias eleitorais deste segundo turno. Serão elaborados cinco relatórios a partir das análises feitas na semana entre os dias 22 e 29 de outubro.
No atual estágio processual, prepondera a percepção de que o comportamento de André Janones e de Carlos Bolsonaro nas redes possuem muitos aspectos similares, seja no que diz respeito à legítima atividade de organização da militância, seja, por outro lado, na difusão de conteúdos falsos ou gravemente descontextualizados, na persistência do uso de termos-chave para reativar os efeitos dos conteúdos removidos e na estratégia mobilizar seguidores a compartilhar conteúdos para tornar inócua eventual decisão da Justiça Eleitoral, afirmou o ministro.
Faltam apenas quatro dias para o dia da votação. (Foto: Nelson Jr/Ascom/TSE)
Carlos e Janones ainda foram alertados pelo ministro sobre que suas contas poderão ser suspensas caso seja determinado. A punição poderá ser aplicada caso seja comprovado o uso sistemático de fake news, ou seja, a publicação frequente de informações falsas ou descontextualizadas durante o período observado:
Advirta-se os investigados André Janones e Carlos Bolsonaro que, caso se conclua, após análise jurídica de qualquer dos relatórios apresentados pela AEED, que há elementos suficientes para caracterizar a ‘produção sistemática de desinformação’, será determinada, a suspensão dos perfis, contas e canais mantidos pelo responsável em mídias sociais, até as 23h59 do dia 31/10/2022, alertou o ministro.
Foto Destaque: As contas de Carlos e Janones serão monitoradas. Reprodução/Siará.