Na noite da última segunda-feira (21), a KCNA, agência de imprensa norte-coreana, emitiu um alerta de que o exercício Escudo de Liberdade Ulchi, a ser iniciado pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos nesta terça-feira (22), pode ser o causador de um conflito de escala “termonuclear”. No texto, os líderes locais também classificaram o movimento do grupo como “agressivo”.
Isso tudo acontece alguns dias após uma reunião na qual Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul condenaram as movimentações da Coreia do Norte e da China, e assinaram acordos que visam expandir a cooperação econômica e de segurança entre as três nações, chegando ao entendimento de que qualquer ameaça feita a uma delas será considerada uma ameaça a todas.
Encontros recorrentes e junção maior de forças
Na mesma ocasião, o grupo prometeu que a reunião será repetida a cada ano e de que, a partir de agora, os canais de contato entre os três países serão aprimorados. Será um mecanismo de comunicação de emergência entre os “chefes de Estado e outras personalidades” dos governos locais. Será uma forma ampla de ajuda a uma região que teme uma invasão expressiva por parte de Pequim.
As manobras que iniciarão hoje e que estão previstas para durarem por mais alguns anos devem abranger técnicas no ar, céu, mar, fundo do mar e ciberespaço, o que possibilitaria uma resposta mais coordenada e eficiente na defesa contra mísseis. A reunião entre as três potencias aconteceu em Camp David, residência de campo da presidência norte-americana e que recebeu assinaturas de tratados como o de paz entre Egito e Israel, em 1978.
Reação negativa por parte de Pequim
O ministro das relações exteriores de Pequim, Wang Yi, se pronunciou sobre a reunião dizendo, numa referência a Tóquio e Seul, que não importassem as mudanças de pensamento ou interesses estratégicos, “nós jamais devemos esquecer onde estão as nossas raízes”.
Foto destaque: Presidentes se encontram em Camp David, residência de campo da presidência americana. Reprodução/Instagram/@potus