Buscando estar entre os maiores apoiadores da Ucrânia, a Dinamarca anunciou, nesta segunda-feira (19), que aumentará o valor de ajuda militar ao país para 21,9 bilhões de coroas dinamarquesas, algo em torno de 3 bilhões de dólares. A ajuda será fornecida entre 2023 e 2028 por meio de um fundo criado em março pelo país, antes estabelecido em 7 milhões de coroas dinamarquesas, que serão utilizados em necessidades humanitárias, militares, e econômicas.
“Estou orgulhoso de que a Dinamarca continuará sendo um contribuinte significativo. A Ucrânia continua profundamente dependente da ajuda militar”, comentou o ministro de defesa interino, Troels Lund Poulsen. O fundo para apoiar a Ucrânia foi criado no começo desse ano, apesar de ainda não ser claro quanto já foi doado ao país. “Não podemos esperar que a última bala seja disparada”, disse Lars Løkke Rasmussen, ministro das relações interiores, na época.
O ministro da defesa Dinamarquês, Troels Lund Poulsen. (Foto: Reprodução/Jens Dresling/Ritzau Scanpix)
A Dinamarca tem feito esforços para reforçar o exército do país, anunciando no último mês que iria triplicar os gastos militares em até dez anos. De acordo com um comunicado feito em maio por Poulsen, o objetivo é manter a tensão longe da área do atlântico norte, em meio à invasão da Rússia à Ucrânia. O projeto prevê que, até 2033, os gastos militares dos dinamarqueses cheguem até os 19,2 bilhões de coroas dinamarquesas, cerca de 2,8 bilhões de dólares, triplicando o valor atual. 2% do PIB do país deve ser destinado para o setor da defesa até 2030.
“Também devemos proteger a Dinamarca e cumprir nossa obrigação de garantir a responsabilidade conjunta pela segurança no Báltico”, afirmou o ministro na época, acrescentando: “Ao mesmo tempo, a Dinamarca deve seguir apoiando a Ucrânia de forma significativa”.
Nos últimos meses, diversos países têm se mobilizado para aumentar o apoio bélico à Ucrânia. A própria União Europeia formulou um plano para financiar mais equipamentos ao país, projetando uma guerra a longo prazo. O conflito já dura mais de um ano, e não tem qualquer previsão de acabar.
Foto destaque: Bandeira da Ucrânia em recente vitória do país. Reprodução/Reuters
