Os pré candidatos à Presidência da República encontram-se em período de superar pontos de resistência e atrair pelo menos uma parcela do eleitorado que hoje rejeita os mesmos.
O atual presidente, Jair Bolsonaro, prioriza diminuir o desgaste entre mulheres, jovens e população de baixa renda; parte de sua estratégia de campanha, visa em suavizar sua imagem para “caber” na confiança dos eleitores, principalmente mulheres, isso seria representado em momentos de leveza e união com a família. Por outro lado, o ex-presidente Lula, tem foco em diminuir o desgaste do eleitorado conservador.
A rejeição entre jovens preocupa equipe de Bolsonaro, que vem tentado tática de aproximação nas redes sociais através de memes e maior interação descontraída no twitter e instagram. A pandemia também será usada como fator justificativo de seu “mandato atípico”, enquanto a crise sanitária será usada também na tentativa de explicar a crise que afeta o país.
Em relação ao caminho tomado pelo ex-presidente Lula, o foco será voltado à economia como prioridade, na esperança de desviar o foco dos escândalos de corrupção do partido, que serão usados por adversários como tópico de acusação. A comparação entre o desempenho da economia em seus mandatos e a volta da inflação na gestação atual, deverá ser citada por Lula em debate.
Atento ao público religioso, o petista deve deixar pautas sensíveis de lado, levando em consideração a necessidade de criar simpatia com o eleitorado. O empresariado é fator que preocupa equipe de Lula, já que é o público que mais demonstra rejeição ao ex-presidente. Segundo o Datafolha, Bolsonaro ganha nesse quesito por 56% a 23%. Lula deseja encontro com o presidente da Fiesp para discutir uma agenda com empresários. A ideia de levar a ex-presidente Dilma Roussef para seu eventual governo não parece favorável na análise de campanha de Lula.
No momento em que Bolsonaro e Lula direcionam suas campanhas para pontos específicos, os outros pré-candidatos ao Palácio do Planalto tem que enfrentar um cenário diferente, a maior parte da população não os conhece e os mesmos procuram derrubar essa barreira e mostrar-se como opções viáveis em contra partida à disputa “Bolsonaro x Lula”.
Pesquisa de Intenção de voto. Reprodução/ O globo.
O ex ministro Ciro Gomes (PDT) procura atrair outros partidos de esquerda e centro esquerda, algo que tem se apresentado como um obstáculo ao longo dos anos de sua carreira política, em parte devido ao seu temperamento explosivo, que inclusive, é o outro ponto que Ciro está tentando desconstruir. O pré-candidato do PDT adota a mesma tática de Bolsonaro e se mostra mais presente nas redes sociais de maneira mais leve.
Simone Tebet (MDB-MS) segue na missão de ser conhecida em nível nacional, já que de acordo com o Datafolha, apenas 29% dos eleitores conhecem a pré candidata.
Foto em destaque: Pré candidatos à Presidência da República. Foto/ Oglobo.
