Erupção do vulcão Semeru deixa 34 mortos e 17 desaparecidos

Leo Costa Por Leo Costa
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Voltou a ativa nesta última segunda-feira, 6, um vulcão na Indonésia, lançando nuvens de cinzas quentes dois dias após uma violenta erupção matar mais de 30 pessoas e deixando dezenas de desaparecidos. Trata-se do vulcão localizado no Monte Semeru. A montanha mais alta da ilha de Java que entrou em erupção no sábado e disparou uma coluna forte de cinzas, cobrindo vilarejos que ficavam próximos.

As imagens aéreas feitas por drones mostraram telhados surgindo de uma paisagem tomada por cinzas, enquanto policiais, militares e moradores em terra cavavam a lama com as mãos em busca das vítimas. Cães farejadores e equipamentos de busca foram enviados à região para a ajuda nas buscas.

Mantendo uma atividade intermitente, o vulcão tem várias erupções diariamente, mas com baixa magnitude desde o fim de semana.


Momento em que o vulcão Semeru expeli as cinzas vulcânicas. (Foto: Reprodução/WILLY KURNIAWAN/REUTERS/R7)


Nesta terça-feira, 7, o número de mortos subiu para 34, enquanto o número de pessoas desaparecidas era de 17, segundo Abdul Muhari, da agência de mitigação de desastres da Indonésia.

A erupção cobriu toda a região, destruindo mais de 10 localidades, fazendo com que mais de 3.500 moradores fossem retirados da região.

Milhares de edifícios e casas foram afetadas, com 24 escolas na conta, conforme mostra os dados provisórios do Centro de Assistência Humanitária para a Gestão de Desastres (AHA Center) da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Conforme o Centro Indonésio de Mitigação de Desastres de Vulcanologia e Geologia, em sua conta no Twitter, o vulcão voltou a entrar em erupção na segunda, e alertou para mais uma atividade sísmica contínua.

“O Semeru é um dos vulcões mais ativos da Indonésia… ele continuará ativo”, alertou Liswanto, chefe do Observatório do Vulcão Semeru, à Reuters.

Mesmo com alguns moradores voltando para casa e verificando seus pertences e o gado, Liswanto recomendou às pessoas que se mantenham sempre a uma distância segura.

“As pessoas precisam ser mais vigilantes, porque a ameaça em potencial persiste”, acrescentou ele.

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O presidente do país, Joko Widodo, afirmou que o governo ajudará as pessoas que não poderão retornar às suas casas devido ao risco de erupção.

“Espero que, quando as coisas se acalmarem, consigamos recuperar a infraestrutura e pensar na possibilidade de retirar casas de áreas consideradas perigosas”, disse.

 

Foto destaque: Reprodução/Diário do Nordeste/AFP

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