Nesta quinta-feira (26), os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar para as forças armadas ucranianas em um valor total de US$ 150 milhões (R$ 750 milhões) a fim de dar suporte contra o exército russo na guerra que vigora entre as nações desde fevereiro de 2022. O Departamento de Estado norte-americano afirmou em comunicado que a verba engloba recursos militares como munição, artilharia, defesa aérea e armas antitanques.
A guerra Rússia x Ucrânia
As tensões que originaram o conflito entre Rússia e Ucrânia resultam de um contexto político ucraniano em 2014. Neste ano, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, tangente aos interesses russos, recusou-se a assinar o tratado de integração à União Europeia (UE). Com isso, surge o movimento político Euromaidan, no qual os cidadãos clamavam pela aproximação da Ucrânia com a UE em detrimento da Rússia. As manifestações tomaram tamanha proporção que derrubaram Yanukovych do poder.
No entanto, a queda do presidente não amenizou as movimentações populares. Posteriormente, surgiram também manifestações pró-Rússia em regiões do sul e leste ucraniano, como na Crimeia, região peninsular disputada pelo dominínio territorial entre as nações, Luhansk e Donetsk, duas regiões separatistas ucranianas e pró-Rússia.
Em 2021, o governo ucraniano, que conta com Volodymyr Zelensky como chefe de Estado, requisitou a entrada do país a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o que iniciou as ameaças da Rússia e Vladimir Putin, uma vez que o presidente russo considera a entrada da Ucrânia na OTAN uma investida expansiva agressiva e, portanto, uma ameaça à integridade territorial russa. Putin, então, apresentou uma lista de exigências de segurança para a OTAN que incluia a restrição à entrada da Ucrânia na associação militar como a principal delas.
Pouco depois, no dia 24 de fevereiro, as tropas russas se mobilizaram em território ucraniano sob as alegações de que estaria havendo um genocídio do povo russo étinico no leste do território ucraniano por tropas neonazistas ucranianas.
Suporte americano
Atualmente, um ano e oito meses depois, Rússia e Ucrânia seguem em conflito armado, e os Estados Unidos como principal componente da OTAN, está dando auxiliando a Ucrânia na guerra. Desde que a guerra começou, Washington já enviou mais de US$ 43 bilhões em ajuda militar à Kiev.
Em junho deste ano, a Ucrânia contra-atacou as tropas russas no leste e sul de seu território, mas a contraofensiva falhou, uma vez que não conseguiu recuperar totalmente o território perdido, e a Rússia ainda controla 17,5% das regiões invadidas.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>Just had a conversation with <a href=”https://twitter.com/POTUS?ref_src=twsrc%5Etfw”>@POTUS</a>. The American leadership on anti-Russian sanctions and defense assistance to Ukraine was discussed. We must stop the aggressor as soon as possible. Thank you for your support!</p>— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) <a href=”https://twitter.com/ZelenskyyUa/status/1498707594072010757?ref_src=twsrc%5Etfw”>March 1, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Zelensky agradece ao suporte militar norte-americano à Ucrânia. (Foto: Reprodução/X/ @ZelenskyyUa)
Com o apoio norte-americano, Zelensky agradeceu Joe Biden em seu perfil no X, ex-Twitter: “À medida que o inverno se aproxima, fortalecer a defesa aérea é fundamental para proteger as cidades e a infraestrutura da Ucrânia”, disse. “Agradeço a implementação dos nossos acordos com o presidente (Joe) Biden”, acrescentou.
O governo americano, a mando de Biden, destinará 61,4 bilhões, dos quais 30 bilhões serão destinados em recursos militares.
Foto destaque: Registro dos presidentes Volodymyr Zelensky (esquerda), da Ucrânia, e Joe Biden (direita), dos Estados Unidos. Reprodução/X/ Olivier Douliery.