Ex-vice-presidente da Caixa é acusado de acobertar assédios

Sofia Rojas Barbosa Por Sofia Rojas Barbosa
3 min de leitura

Em entrevista para o Fantástico, no domingo (3), funcionária da Caixa conta que o ex-vice-presidente do banco é responsável por acobertar casos de abuso dentro da empresa; um dos detalhes comentados pela funcionária, foi que Celso Leonardo, o até então vice-presidente, vigiava as mulheres que não cediam ao presidente do banco, que de diversas formas as assediava. 


 

Unidade da Caixa. Foto/OABsergipe.


A funcionária disse na entrevista como ela e colegas “viviam em uma prisão velada” 

“É o mesmo modus operandi. De o 01 assedia e o 02 protege com intuito de monitorar”, disse. 

Essa não é a primeira vez que uma acusação assim é feita; funcionária disse ao Estadão/Broadcast que foi assediada por Pedro Guimarães, o presidente do banco, durante um jantar da empresa na capital do país. Ele teria dito: “Mantém a mão. Me abraça forte, me aperta, está com medo de mim?” no momento em que o mesmo a pegou pela cintura contra a sua vontade. 
Na mesma reportagem feita ao Estadão, a vítima contou que o superintendente de seu setor, que foi ao evento em Brasília, mandou uma mensagem para ela dizendo que foi orientado por seus superiores a priorizar a participação de uma mulher no cargo de gerência para participar do jantar, onde estaria o presidente Pedro Guimarães. 

A razão dada foi a de que era necessária a presença e indicação de mulheres para promover a “equidade de gênero” na empresa. 

A funcionária disse que não fez a denúncia na época pelo medo de ser prejudicada, mas que se sentiu encorajada, já que outras denúncias estão ocorrendo agora. 

Às vezes, no mundo corporativo, você precisa fingir de besta pra sobreviver. Mas eu não poderia me calar agora e deixar as pessoas achando que isso não é verdade, que é brincadeira”, relatou. 

Um novo relato foi colocado no quadro, somando à outras denúncias contra o ex-presidente; fato que o levou a pedir demissão na última quarta-feira. 
A última acusação ainda não está no processo de investigação formal, a servidora pretende buscar o Ministério Público Federal. A fonte afirma ter medo de que o caso venha a público e que possa sofrer represálias a partir disso.

 

Foto em destaque: Unidade da Caixa. Reprodução/InfoMoney.

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