De acordo com dados divulgados recentemente pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 1.300 escolas foram totalmente destruídas, e outras sofreram sérios danos desde o início da invasão russa na Ucrânia, que ocorreu em 2022.
Prejuízos para a educação
Dados mais recentes apontam que a educação de 6,7 milhões de crianças e adolescentes ucranianos em idade escolar está em risco. Mais da metade das crianças que conseguiram fugir da Ucrânia não estão matriculadas na escola no país de acolhida por questões de barreira linguística, dificuldades de transporte e falta de vagas nas escolas locais.
Mais de 1.300 escolas foram destruídas desde o início da guerra na Ucrânia (Foto: Reprodução/Vatican News)
Professores relataram deterioração nas competências linguísticas dos alunos, sendo 45% em competências matemáticas e 52% em línguas estrangeiras. Segundo o mesmo levantamento de dados, apenas um terço dos estudantes ucranianos conseguiu seguir os estudos de forma totalmente presencial, enquanto os outros se dividiram entre aulas híbridas (presenciais e online) e completamente online.
Esforços coletivos
Regina de Dominicis, diretora regional do Unicef para a Europa e Ásia Central, afirma que “na Ucrânia, os ataques às escolas continuam, deixando as crianças profundamente angustiadas e privadas de locais seguros para aprender”. Ela segue a afirmação dizendo que entre as dificuldades deixadas pelos ataques, as crianças enfrentam problemas para progredirem nos estudos e conservarem o conhecimento que adquiriram quando as escolas funcionam normalmente.
Como a guerra seguiu o hiato de dois anos causado pela pandemia do Covid-19, algumas crianças ucranianas enfrentam o quarto ano letivo consecutivo de interrupções. Algumas famílias tentam fazer com que os filhos continuem o estudo à distância, mas de acordo com a Unicef, uma parte dos alunos refugiados abandonou completamente os estudos.
Para Dominicis, a escola representa muito mais do que um local de ensino durante a guerra, sendo um local onde as crianças podem desenvolver um senso de rotina e segurança, com a oportunidade de criar novas amizades e receber ajuda dos professores. Ela acrescenta também que as escolas podem fornecer locais de auxílio, como facilitar o acesso às vacinas, alimentação e outras ajudas.
A Unicef trabalha com parceiros locais e internacionais tanto na Ucrânia como nos países de refúgio, com o objetivo de melhorar o acesso à educação com renovação de escolas e aulas de esforço. Para o ano que vem, o objetivo é conseguir ajudar 300 mil crianças ucranianas a progredirem nos estudos.
Foto destaque: Escolas destruídas na Ucrânia põem em risco educação de 6,7 milhões de crianças. Reprodução/CNN