Nesta terça-feira (28), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu em Brasília com John Kerry, o enviado especial para o clima dos Estados Unidos e discutiram questões envolvendo o combate às mudanças climáticas.
Após o encontro, o americano declarou em uma coletiva de imprensa que os EUA estão comprometidos em trabalhar com o Fundo Amazônia, porém os valores não foram mencionados. “Estamos comprometidos em trabalhar com o Fundo Amazônia, com outras entidades também. Temos o compromisso de trabalhar bilateralmente na área de desenvolvimento e pesquisa, ciência, novos produtos e possibilidades”, pontuou Kerry.
O Fundo já tem participação de Alemanha, Noruega e outros países. E o governo americano, além de fazer parte, também pretende convidar os países do G7 (Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido) a darem apoio.
John e Marina debatendo questões sobre o clima e medidas ambientais. (Foto: Reprodução/Metrópoles)
“Acredito que a Amazônia é o teste para nossa humanidade em muitas formas, com o maior entendimento da biodiversidade, e as conexões que existem são muito importantes para nosso futuro a longo prazo.”, acrescentou John.
Segundo a ministra, o trabalho deverá avançar até abril, quando ocorrerá a reunião do G20. Os detalhes sobre o retorno de Kerry ao Brasil ainda serão acertados com membros do Executivo.
“O secretário manifestou o desejo de voltar ao Brasil para fazer uma visita à Amazônia. É uma discussão que ainda será feita de qual é o estado, qual é o projeto. É uma visita após um intenso processo de trabalho”, detalhou Silva.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), confirmou que os EUA estão dispostos a colaborar com “recursos vultosos”, nesta segunda-feira (27).
De acordo com as informações divulgadas pela UOL, durante o encontro de Lula e Biden no início do mês, os EUA acenaram a princípio US$ 50 milhões (R$ 261 milhões) ao Fundo Amazônia, quantia que decepcionou a delegação brasileira.
Foto destaque: John Kerry e Marina Silva em encontro nesta terça-feira. Foto: Reprodução/Metrópoles