Juiz norte-americano volta a multar Trump por ordem de silêncio

Letícia Guedes Por Letícia Guedes
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Nesta quarta-feira (25), o juiz Arthur Engoron impôs uma multa de 10 mil dólares (o que corresponde a 50 mil reais) sob Donald Trump após ele desrespeitar a ordem de silêncio determinada no processo. “Não repita se não a represália será pior”, declarou Engoron durante a audiência. A decisão alega que Trump não pode realizar comentários públicos sobre a situação ou atacar os promotores e juízes presentes do caso.

Declaração de Trump durante o julgamento

Donald falou com jornalistas durante o intervalo do julgamento em Nova York. “Esse juiz é um juiz muito partidário, com uma pessoa muito partidária sentada ao lado dele, talvez ainda muito mais partidária do que ele”, disse o político. Donald Trump foi rapidamente repudiado pelo juiz, uma vez que entendeu que a fala fazia referência à sua secretária. Engoron ainda classificou a declaração como uma “violação flagrante.” 

No entanto, após a reação do juiz, Christopher Kise – advogado de Trump, alegou que seu comentário se referia à Michael Cohen, ex-advogado e negociador que, atualmente, testemunha contra o ex-presidente dos Estados Unidos.


Donald Trump em audiência em Nova York (Foto: Reprodução/Eduardo Munoz/Reuters/CNN Brasil)


Esta não é a primeira multa de Trump

Na última sexta-feira (20), Arthur já havia imposto uma multa em relação à ordem de silêncio de Donald. Na situação exposta, o empresário não teria removido uma postagem de suas redes no qual zombava de um funcionário do tribunal. “Inverdades incendiárias podem e já levaram a sérios danos físicos” […] Vou agora permitir que o réu explique por que isso não deveria resultar em sanções graves, ou eu poderia prendê-lo”, declarou Engoron.

Em resposta, Kise alegou que o erro de seu cliente foi “inadvertido”, uma vez que a publicação apenas não foi excluída apenas de um lugar, o site de campanha eleitoral e que nas redes sociais, já não era possível acessar o post.  

No entanto, a ordem chegou a ser suspensa pela juíza Tanya Chutkan, em Washington. A decisão ocorreu após um pedido dos advogados do ex-presidente que significaria que eles teriam mais tempo para provar a “inocência” dos comentários. Em documentos oficiais, representantes de Trump alegam que ele “não ameaçou ou assediou ninguém ilegalmente”. Donald Trump responde inúmeros processos de crimes federais e estaduais, além de ser acusado de tentar fraudar as eleições de 2020. 

 

Foto Destaque: Trump atualmente responde por quatro processos na justiça dos EUA. Reprodução/Matt Rourke/AP/G1

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