O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, nesta terça-feira (28), com ministros do governo e o presidente da Petrobras para discutir a reoneração dos combustíveis.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participam do encontro, às 9h30.
Lula e Haddad em reunião em 12 janeiro de 2023. (Reprodução/Sergio Lima /AFP)
O ministro da Fazenda anunciou, nesta segunda-feira (27), o aumento de imposto sobre os combustíveis a fim de arrecadar R$28,8 bilhões neste ano, mas o Palácio do Planalto não fez um anúncio oficial. Haddad, porém, não explicou qual será o percentual de imposto e o valor em reais por litro de cada combustível, apenas comentou que os combustíveis fósseis, como a gasolina, serão mais onerados.
A decisão passa por um acordo entre um grupo com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, como a principal representante e é contra a retomada da tributação dos combustíveis, e a ala econômica do governo, representada pela ministro Haddad principalmente.
Hoffman disse, em rede social, na sexta-feira (24), que não é “contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha”.
Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, defende uma reoneração escalonada dos combustíveis ao longo do tempo, que seria feita por uma Medida Provisória a ser editada por Lula.
Mesmo que o ministro tenha dito, na segunda-feira, que haveria uma nova reunião para discutir a retomada da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o álcool, pasta comunicou a decisão. Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e Jean Paul Prates, assim, se reuniram, na segunda de manhã, em um encontro que não teve o anúncio de uma decisão.
A desoneração, isto é, redução a zero, dos impostos federais, que afetam a gasolina, o álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (GNV), foi prorrogada pelo presidente Lula até dia 28 de fevereiro.
No ano anterior, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia tomado a medida original de desonerar esses combustíveis para diminuir os preços dos combustíveis. Logo, a cobrança dos impostos voltaria no dia 1 de março, na quarta-feira. A ala econômica conta com essa volta da cobrança para aumentar a arrecadação e diminuir o rombo de mais de R$200 bilhões esperados para as contas do governo neste ano. Os impostos federais sobre o diesel e o gás de cozinha estão zerados até 31 de dezembro.
Foto destaque: Carro sendo abastecido. Reprodução/Agencia Brasil.