A área técnica do Ministério de Minas e Energia concluiu sua análise e indicou que não há necessidade de retomar o horário de verão em 2023, uma medida que havia sido suspensa por decreto desde 2019. Esta recomendação foi baseada em diversos fatores, incluindo o nível elevado dos reservatórios e as crescentes fontes de energia renovável disponíveis no país.
Ministério de Minas e Energia. (Reprodução/esfera blog)
A avaliação técnica aponta que os reservatórios das hidrelétricas em todo o país devem encerrar o mês com níveis superiores a 70% nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mesmo durante o período seco. Essa situação favorável garante um fornecimento de energia estável, reduzindo a necessidade de medidas como o horário de verão.
O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) destacou a importância desse aumento nos níveis dos reservatórios, observando que o período seco está se aproximando do fim, o que torna os resultados da energia armazenada na forma de água nos reservatórios ainda mais significativos.
Suspensão do horário de verão
A suspensão do horário de verão ocorreu em 2019, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, após avaliação de que a medida havia perdido sua relevância devido às mudanças nos padrões de consumo de energia e aos avanços tecnológicos. Essa decisão foi mantida mesmo diante da crise hídrica de 2021, quando o governo chegou a considerar a retomada da política.
Além disso, especialistas observaram que o comportamento de consumo de energia da população havia se modificado ao longo dos anos, tornando o horário de verão menos eficaz como forma de economia energética.
Criação do horário de verão
O horário de verão, que foi instituído pela primeira vez em 1931, passou a ser adotado regularmente a partir de 1985, visando aproveitar a luz natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas, resultando em economia de energia e redução do risco de apagões.
Foto Destaque: Horário de verão no Brasil. Reprodução/Maicon J. Gomes/Gazeta do Povo