Netanyahu diz que reféns liberados foram estuprados pelo Hamas

Editoria Imag Por Editoria Imag
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (5) que reféns liberados pelo Hamas foram vítimas de estupro. A afirmação foi feita com base nos relatos vindos dos próprios reféns, que se reuniram com o primeiro-ministro durante a pausa de sete dias no conflito. Por outro lado, também há relatos de cidadãos palestinos estuprados por soldados israelenses.

Estupro como arma de guerra

Durante uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (5), Netanyahu proferiu aos repórteres: “Eu ouvi, e vocês também ouviram, sobre abuso sexual e incidentes de estupro brutal como ninguém”. Há algum tempo, Israel acusa o Hamas de utilizar violência sexual como arma de guerra, principalmente durante o ataque na rave Supernova, em 07 de outubro.

De acordo com informações da polícia israelense, cerca de 1500 depoimentos sobre abuso sexual foram dados por médicos e testemunhas de vítimas até o momento. Ruth Halperin-Kaddari, professora e jurista, diz ter escutado relatos de testemunhas de primeira mão que viram mulheres serem estupradas em grupo e até depois de mortas. Ativista pelos direitos das mulheres, Halperin-Kaddari tenta alertar a ONU para a importância de reconhecer os crimes sexuais cometidos pelo Hamas o quanto antes.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>I applaud Sheryl Sandberg for her accurate and courageous words, presenting a moral compass, within the deafening silence of all other women leaders. <a href=”https://t.co/24HfOWLJQJ”>https://t.co/24HfOWLJQJ</a></p>&mdash; Ruth Halperin-Kaddari (@KaddariRuth) <a href=”https://twitter.com/KaddariRuth/status/1727197844182909351?ref_src=twsrc%5Etfw”>November 22, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Posicionamento da ONU

A Organização das Nações Unidas instaurou um inquérito para investigar os crimes de guerra praticados tanto pelo Hamas quanto por Israel. Um dos tópicos a serem apurados será os crimes sexuais praticados durante o 7 de outubro. Apesar de estar interessado em acusar o Hamas de estupro como modus operandi, Israel não quis contribuir para as investigações por considera-las “tendenciosas”.

A presidente do inquérito, Navi Pillay, disse que testemunhas e sobreviventes estrangeiros poderão colaborar com as investigações, caso Israel não ceda. Ela negou que a organização demorou a reconhecer a situação e que a ONU não medirá esforços para fazer justiça.

Foto Destaque: primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Reprodução/Abir Sultan/POOL/ AFP)

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