Na quarta-feira (21), o Datafolha através do jornal Folha de S.Paulo divulgou uma pesquisa apontando que 75% dos brasileiros não estão a favor dos atos radicais bolsonaristas que tiveram início no dia 30 de outubro após o resultado do segundo turno das eleições.
Foram entrevistadas 2.026 pessoas em 126 municípios. Os entrevistados foram perguntados se eram a favor ou contra as manifestações realizadas contra o novo governo Lula, que terá início no dia 1º de janeiro de 2023, onde apoiadores do atual governo realizaram bloqueios ilegais em rodovias e ao mantimento de acampamentos localizados em frente aos quartéis com pedidos de intervenção militar, que é contra a constituição brasileira.
Infográfico com os resultados da pesquisa Datafolha. (Foto: Reprodução/Júlia Sales).
A pesquisa foi realizada nos dias 19 e 20 de dezembro e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
Dos pesquisados que afirmaram ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno, 50% são contrários aos atos antidemocráticos. Das pessoas que alegaram ter votado em Lula, as pessoas contrárias as manifestações chegam a 96%.
As regiões centro-Oeste e Norte do Brasil são os locais com maior percentual de apoiadores aos atos golpista e chega a 29% a favor e 65% contra. No Nordeste, onde o presidente eleito Lula teve quase 70% dos votos no segundo turno, 83% dos pesquisados são contrários aos atos, enquanto 14% são favoráveis.
Entre grupos religiosos, entre os entrevistados católicos, 80% são contrários, enquanto aos evangélicos apenas 65% discordam.
Entre grupos separados por gênero, 78% das mulheres são contrárias, enquanto no grupo masculino são 73%.
Tratando-se de renda, pessoas que recebem até dois salários mínimos são 81% da oposição aos atos. Entre os entrevistados que ganham até dez salários, são 51%.
O Datafolha também apurou que dentre mais de 2 mil pessoas entrevistadas, 56% consideram que os participantes destes atos devem ser punidos, 40% são contra as punições e 4% não souberam responder.
Foto destaque: Atos antidemocráticos em apoio ao governo Bolsonaro. Reprodução/O Globo.