Polícia Federal acaba com acampamento de garimpeiros em terras indígenas

Caio Dutra Por Caio Dutra
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A Polícia Federal conseguiu desfazer um acampamento de garimpeiros dentro da Terra Indígena Yanomami, na comunidade de Homoxi. A unidade da Força Nacional confirmou a informação, segundo relatos da Polícia Federal não existe mais registros de garimpeiros na comunidade.

A atividade foi realizada para a destruição dos acampamentos e das máquinas utilizadas por alguns garimpeiros do território local. Homoxi é uma das áreas mais prejudicadas pelos garimpos ilegais, o que também gera mais ameaça para as comunidades indígenas.


Acampamento de garimpeiro queimado na Terra Yanomami. (Foto: Reprodução/Polícia Federal)


No mês de fevereiro a organização Hutakara denunciou o assassinato de três indígenas Yanomami que foram causados por garimpeiros. De acordo com a denúncia da associação Yanomami Urihi, uma das mortes aconteceu na região Homoxi dentro da área que foi invadida por garimpeiros e as outras denúncias foram na região de Parima, na pista ilegal de pouso do garimpo em Xiriana.

Em Roraima as ações para desmontar os pontos de garimpo na terra Yanomami continuam, o Ibama conseguiu desativar dois pontos de garimpos, dois pontos de apoio logístico e conseguiu desfazer 108 acampamentos de garimpeiros na Operação Xapiri.

A polícia federal recentemente operou em Roraima novamente, abatendo uma aeronave que era utilizada para transporte de minérios obtidos ilegalmente, sendo alguns deles ouro e mercúrio. O abate aconteceu na sexta-feira (10).

A destruição não foi feita em terras indígenas, no município do Cantá, porém era utilizada para o transporte de alguns garimpeiros que agiam na área demarcada.

De acordo com alguns estudos do MapBiomas a área de garimpo em terras indígenas aumentou nos últimos dez anos 625%. A área demarcada era de 3.000 hectares no ano de 2011, hoje chega a cerca de 19 mil hectares.

E por conta desse aumento foi registrado um grande aumento também nas pistas ilegais de pouso dentro das áreas que são protegidas na região da Amazônia Legal ou no entorno de 5km dessa área. Segundo com mapeamento da organização, um terço das pistas ilegais estão em áreas restritas: 804 das 2.869 pistas que foram indentificadas por satélite.

11% dessas pistas foram registradas dentro das terras indígenas. Nas terras Yanomami foram encontradas 75 pistas. No estado de Roraima foram apuradas 218 pistas.

Foto Destaque: Acampamento de garimpeiros em Roraima destruído por policiais federais. Reprodução/Polícia Federal

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