Lula anunciou nesta quinta-feira (22) que a doutora em sociologia e mestre em ciência política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro estará a frente do Ministério da Saúde pelos próximos quatro anos. Nísia coordenou as ações da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) durante a pandemia da COVID-19, instituição do qual ela é presidente desde 2017, e criou o Observatório COVID-19, um projeto que nasceu com o objetivo de monitorar e divulgar informações e notícias sobre o vírus e os seus impactos no Brasil. Atualmente, ela faz parte do grupo técnico de Saúde na equipe de transição de governo.
Trindade se pôs a frente nas negociações com o Ministério da Saúde, a famosa Universidade de Oxford e a marca farmacêutica AstraZeneca para pedir o aval da liberação para que a Fiocruz pudesse fabricar as vacinas contra o coronavírus no Brasil. E as qualificações dela não param por aí, já que ela é membro da Zika Alliance Network, um instituto de pesquisa multinacional de pesquisa e combate do Zika vírus, e teve participação efetiva no Plano de Ação Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de otimizar a pesquisa global para os sistemas de saúde de cada país.
Lula e Nísia Trindade (Reprodução/g1)
A Nísia fez parte do grupo de consultoria da OMS para implementação da Agenda 2030, que preza pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), e também foi convidada a assumir a copresidência da Rede de Saúde para Todos da UNSDSN em 2019. Além da aprovação de grande parte dos eleitores do Lula, o Presidente do Conselho Nacional de Saúde comemorou a escolha da Trindade para o cargo: “A indicação da ministra da Saúde do novo governo renova a esperança do povo brasileiro no fortalecimento do SUS. Nosso sentimento é de alegria e temos certeza de que ela vai realizar um grande trabalho”.
Foto Destaque: Nísia Trindade (Reprodução: Tomaz Silva/Agência Brasil)