As vítimas estavam em escolas estadual e particular que foram invadidas por atirador adolescente no bairro do Coqueiral, Aracruz no litoral norte do Espírito Santo.
As vítimas do ataque às escolas de Aracruz, no litoral norte do ES começaram a ser identificadas. Segundo a polícia local, o assassino é um adolescente que estudou na escola. O garoto foi apreendido durante a tarde de sexta (25)
Até agora, os mortos identificados são três professoras da escola estadual que lecionavam para o ensino fundamental e médio e uma aluna da escola particular Centro Educacional Praia do Coqueiral, de 12 anos de idade.
As vítimas são;
Maria Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos. Era professora de alfabetização e morava em São José, no Centro de Aracruz.
Professora Maria Penha. Reprodução/Arquivo pessoal
Maria seguia todos os dias para o trabalho de ônibus. Era casada a 18 anos e deixou três filhos menores de 16.
A professora era formada em técnica de laboratório e trabalhou no hospital da cidade, porém sempre sonhou em ser professora.
“Ela morreu no lugar que mais amava, dentro da escola, mas não merecia morrer dessa forma tão trágica, ainda estou sem chão. Minha irmã era uma pessoa tão incrível”, declarou Santilha Pereira de Melo Perovani, irmã de Maria.
Selena Sagrillo tinha 12 anos e estudava no 6º ano da escola particular que foi atacada. Foi uma das vítimas que perderam a vida ainda no local do ataque. Seu pai chegou a escola momentos depois do atentado e tentou socorrer a filha e outros alunos feridos, mas Selena não resistiu.
Aluna Selena Sagrillo Reprodução/Arquivo pessoal
A mãe, Thais Sagrillo Zucoloto lamentou a morte da filha: “A minha filha sempre foi luz e amor, e eu perdi minha filha para o ódio”.
Thais não estava no Espírito Santo no dia do ataque. Ela contou que a filha estudava seus últimos dias naquela unidade, pois se mudaria para a Bahia com a família. Pouco tempo antes do crime que ceifou sua vida, Selena havia recebido um certificado de reconhecimento pelo bom desempenho com aluna.
Cybelle Passos Bezerra tinha 45 anos, era professora e trabalhava na escola Primo Bitti. Era pernambucana e havia se mudado para Aracruz há poucos meses. Ela era professora de matemática.
Alguns alunos e colegas de trabalho informaram que a família de Cybelle não quis fazer o velório no Espirito Santo. Seu corpo foi cremado e as cinzas foram levadas para sua terra natal.
Flavia Amoss Merçon Leonardo tinha 38 anos, era professora e também trabalhava na Escola Estadual Primo Bitti. Flavia deu entrada no Hospital Jayme dos Santos Neves, nesta sexta (25), em estado grave. Durante o sábado, seu estado de saúde evoluiu para gravíssimo. À tarde, a secretaria de saúde confirmou sua morte.
Professora Flavia Amoss. Reprodução/Arquivo pessoal.
Além dos mortos, o atentado às escolas deixou 12 feridos em Aracruz, na sexta (25). O assassino foi apreendido pelas equipes de segurança, segundo o governador do estado, Renato Casagrande (PSB), que decretou três dias de luto em sinal de pesar pelas vidas perdidas.
Foto de destaque: assassino invadindo escola. Reprodução/Câmeras de segurança do local.