“Violência injustificável” diz chanceler brasileiro sobre tentativa de homicídio a Kirchner

Igor Vieira Por Igor Vieira
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O Ministro das Relações Exteriores do Brasil classificou o atentado a Cristina Kirchner como “violência injustificável”. Na última quinta (01) um brasileiro tentou atirar contra o rosto da vice-presidente argentina, que estava falando com apoiadores. No entanto, a arma não disparou e Kirchner está bem; o suspeito foi detido e as autoridades argentinas buscam mais informações sobre ele.

Carlos França, ministro do Itamaraty, em entrevista a jornalista da TV Globo Andréia Sadi, afirmou que o Ministério está apurando informações sobre o brasileiro identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos. Sabag, principal suspeito do atentado que foi flagrado em vídeo, é filho de pai chileno e mãe argentina, e vive no país dos hermanos desde 1993.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>. <a href=”https://t.co/TWYBRyMo9G”>pic.twitter.com/TWYBRyMo9G</a></p>&mdash; Dan Cohen (@dancohen3000) <a href=”https://twitter.com/dancohen3000/status/1565530841316466689?ref_src=twsrc%5Etfw”>September 2, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


O pai do brasileiro, Fernando Ernesto Montiel Araya, foi alvo de um inquérito da Polícia Federal em 2020, que pedia sua expulsão do Brasil por conta da condenação em uma sentença penal. Fernando Andrés, seu filho, já teve passagem pela polícia argentina em março de 2021 por dirigir em um carro sem placa traseira no bairro de La Paternal, onde supostamente morava naquela época. Quando as autoridades pediram para ele sair do carro, uma faca de 35 centímetros de comprimento caiu no chão. O brasileiro disse que portava a faca para se defender, mas foi autuado por porte de arma branca.

Além disso, Fernando Andrés participa de grupos extremistas na internet, em que ele usa o nome de “Salim” e critica o governo de Cristina Kirchner. Ele também possui uma tatuagem da suástica e um “Sol Negro”, um simbolo nazista composto por um sol e 12 raios solares no formato do simbolo da “SS”, temida polícia do Terceiro Reich de Adolf Hitler.

A reunião de apoiadores, em que ocorreu a tentativa de homicídio, ocorre em meio a denúncias por supostos esquemas de corrupção em que a vice-presidente argentina estaria envolvida. Ela afirma ser inocente, e apoiadores e críticos do governo estão fazendo muitos protestos na rua. É dito entre os jornalistas argentinos que o assassinato, caso consumado, poderia jogar o país em uma extrema guerra civil.

Foto Destaque: Chanceler Carlos França. Reprodução/Twitter

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