Chuva ajuda a evitar incêndios no Pantanal

Leticia Lopes Por Leticia Lopes
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Foto Destaque: Área queimada no pantanal. — (Reprodução/Getty Imagens Embed)

A alteração no tempo tem ajudado no combate ao fogo em Corumbá no Mato Grosso do Sul. O frio é de 14 graus, o céu se encontra nublado e a chuva é fraca. Apesar das condições climáticas, esse foco de chuva tem auxiliado bastante a evitar incêndios na região próxima ao Pantanal. 

O meteorologista da região informou que o tempo permanecerá seco e a previsão é de chuva isolada e com pouca intensidade para quarta-feira (10). 

Em caso de chuva, a chuva pode amenizar ou diminuir a ocorrência de focos de calor. O mais provável para o Pantanal é o aumento da nebulosidade, a diminuição significativa das temperaturas e a possibilidade de chuva fraca, com períodos de chuviscos.

explica o meteorologista. 

De acordo com os bombeiros, a chuva tímida não destrói o solo, e nem apaga o fogo, mas impede que ele se propague. A promessa da chuva, é um alívio para aqueles que atuam há 39 dias nos dois principais focos de incêndio nas regiões do Paraguai-Mirim e da Nhecolândia no Mato Grosso do Sul. 

Aqueles que estão na linha de frente, combatendo o fogo, precisam ser orientados. É da sala de controle em Campo Grande que saem as informações que abastecem o quartel do Corpo de Bombeiros em Corumbá. São 18 militares que mantêm uma vigilância permanente sobre elas, 24 horas por dia. As imagens de satélite permitem analisar a previsão do tempo, a velocidade do vento e os focos de calor.

“Quando percebemos um incêndio, acionamos as guarnições que estão distribuídas, tanto nas unidades operacionais quanto nas bases avançadas. Dessa forma, temos o máximo de informações, como coordenadas geográficas e como está o andamento daquele evento”, explica Tatiane Inoue, do Corpo de Bombeiros de MS.

O espaço das Forças de Segurança do estado começou a ser usado para monitorar o Pantanal devido à gravidade dos incêndios.

Aqui está o planejamento de toda a estrutura distribuída pelo Pantanal. Desde a manutenção de equipamentos até o custeio de novos materiais

explica Tatiane Inoue.

Corpo de Bombeiros trabalhando contra o fogo — (Foto: Reprodução/Bruno Rezende/Comunicação Governo de MS)

Pantanal sob ameaça

Os estudos do Cemtec e da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e Inovação) mostram que, no Pantanal, o risco de incêndio está entre o “moderado” e o “extremo”, sendo o mais crítico nas regiões norte, noroeste e nordeste.

Os trabalhos de combate aos focos de incêndio são realizados por meio de terra, água e ar, tanto no combate quanto na prevenção. As equipes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuam na região desde 2 de abril de 2024 e, desde então, já foram empregados 446 militares nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais.

As ministras Marina Silva e Simone Tebet estiveram presentes em Corumbá no dia 28 de junho para uma reunião técnica com o governador do Estado, Eduardo Riedel, para discutir a situação no bioma.

Ao final da apresentação técnica, o governador solicitou às ministras um projeto de 50 milhões de reais para o combate aos incêndios.

Os governos estaduais determinaram a proibição total do uso de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem.


Fogo no Pantanal em 2024.
Fogo no Pantanal em 2024. — (Foto: Reprodução/João Paulo Gonçalves/Comunicação Governo de MS)

Desde janeiro até agora, o incêndio no Pantanal já destruiu 763 mil hectares.

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